São Paulo “sobra” em cima do Palmeiras e segue na Libertadores

São Paulo (AE) – O São Paulo conhece nesta quinta-feira o seu adversário nas quartas-de-final da Libertadores. Será o vencedor do confronto entre Tigres e Once Caldas. Nesta quarta, garantiu a vaga ao derrotar o Palmeiras por 2 a 0, no Morumbi, na noite em que os goleiros, pouco exigidos, contaram a história do jogo. Rogério Ceni marcou o gol da classificação, cobrando pênalti em Marcos. Cicinho fez o segundo.

O primeiro tempo seguiu o figurino da Libertadores. Jogo batido, truncado, de muitas faltas – 27 infrações em 45 minutos – e passes errados. Nervos à flor da pele. Os times pouco chutaram ao gol, preferiram levantar a bola na área sem nenhuma imaginação. Marcos e Rogério Ceni não foram exigidos.

Pressionado pela necessidade de vencer para carimbar a vaga, o Palmeiras esteve mais presente. Chegou mais próximo da zona de gol, mas quase não entrou na grande área. Folgado com a vantagem do empate, o São Paulo ficou na expectativa de um contra-ataque mortal. Encaixou pelo menos dois que foram anulados pela preguiça de Luizão e Grafite.

Do lado palmeirense, os melhores lances nasceram de Lúcio, que não se intimidou com Cicinho e partiu para cima. De seus pés saíram dois bons chutes, aos 4 e 37 minutos, que assustaram Rogério Ceni.

O duelo entre Lúcio e Cicinho, com boa vantagem para o palmeirense, foi um dos muitos que dominaram o clássico. Mineiro e Magrão travaram outra "briga". E quase saiu faísca. Renan também disputou palmo a palmo com Marcinho – melhor para o garoto do São Paulo. Josué e Juninho, dois baixinhos atrevidos – empate técnico. Danilo e Alceu, empurra, empurra.

Fabão e Washington também se estranharam. O beque se saiu melhor. Grafite e Nen, melhor para o zagueiro. Luizão e Gabriel que, aflito, quase entregou o jogo. Corrêa e Júnior, pau a pau.

Muitos duelos e pouca bola

A torcida são-paulina, em maioria exagerada, quase não vibrou. Os palmeirenses, poucos, também não tiveram muito o que comemorar. O primeiro tempo foi crispado. Duro.

No segundo tempo, o primeiro lance acordou o Morumbi. Falta de Magrão em Josué na entrada da área. A multidão pediu por Rogério Ceni. O goleiro bateu… a bola explodiu na barreira e sobrou para contra-ataque do Palmeiras, que deu em nada.

Começava ali uma seqüência de pixotadas da zaga do Palmeiras. Lambança de Gabriel e Alceu, cinco minutos de pânico. Aos 9, Josué foi expulso depois de puxar Juninho pelo braço. Falta perigosa. Marcinho bateu na barreira. Alta tensão.

Paulo Bonamigo, com um jogador a mais, demorou uma enternidade para sacudir o Palmeiras. Só foi mexer no time dez minutos depois da expulsão de Josué. E trocou o zagueiro Gabriel pelo meia Cristian. Paulo Autuori não mudou. Seu time é que foi ao ataque.

O jogo ficou emocionante. O São Paulo mais contundente. Aos 25 minutos, os técnicos trocaram os atacantes: saiu Grafite, entrou Tardelli. Washington saiu. Osmar entrou. Tarde demais.

Havia pressa do lado do Palmeiras para tentar o gol salvador que pelo menos levasse a decisão aos pênaltis. Mas Corrêa parou a bola de Tardelli com a mão: pênalti. Aí, a conversa era entre Rogério Ceni, o cobrador, e Marcos, a vítima. Dois ídolos, dois gigantes, dois campeões.

Rogério Ceni bateu forte e fez: 1 a 0, aos 37 minutos. A vaga estava próxima do time do Morumbi. Agora, o Palmeiras teria de marcar dois gols. Não conseguiu. Cicinho, aos 48, decretou a vitória são-paulina, fazendo o gol 10 mil da história da Libertadores.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo