Foram duas semanas de sentimentos à flor da pele, mas a espera terminou. A partir das 22 horas desta quarta-feira, o estádio do Morumbi acompanha a agonia do São Paulo em sua jornada para não ser eliminado ainda na fase de grupos da Copa Libertadores e evitar um vexame histórico. O cenário que se desenha não é dos mais simples já que o time não depende apenas de seus esforços, mas se quiser manter viva a chama da esperança é necessário fazer o que ninguém conseguiu: derrotar o Atlético Mineiro.

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O próprio elenco admite que a situação é indigesta já que os mineiros venceram seus cinco jogos e virão para tentar eliminar o rival e evitar novo confronto nas oitavas de final – se o São Paulo passar de fase, terá a pior campanha entre os segundos colocados e enfrentará mais uma vez o clube de Belo Horizonte, melhor time da fase de grupos.

Os jogadores não esperam nenhum tipo de relaxamento do adversário. “Se eles puderem pisar na cabeça, vão pisar. Eles sabem que o São Paulo é acostumado a disputar esse tipo de competição. Eles vão vir para nos prejudicar, mas vamos mostrar nossa força e suar sangue para vencer essa partida”, afirmou Osvaldo.

A declaração do atacante reflete o estado de ânimo dos jogadores nos últimos dias. Acusado de falta de raça por parte da torcida, o elenco tenta reagir e mostrar comprometimento para ganhar novamente a torcida. “Se precisar romper o ligamento do outro joelho para ganhar, eu rompo”, exagerou o volante Wellington.

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Somados ao caldo de pressão estarão os pelo menos 40 mil torcedores esperados no Morumbi. Existe o temor de que o estádio vire uma enorme panela de pressão em caso de insucesso. “Precisamos entender o torcedor. Não tivemos uma atuação convincente até agora na Libertadores. Os números mostram que é o melhor time do país (Atlético Mineiro), mas ainda assim podemos conseguir a vitória. Tomara que tenhamos a capacidade de dar esse presente ao torcedor”, disse Ney Franco.

O técnico não quis confirmar o time para a partida. E terá de se virar sem Jadson e Luis Fabiano, ambos suspensos, e Maicon, que vinha atuando como titular, mas está fora por lesão. Os mais cotados para assumir as vagas são Douglas, Aloísio e Denilson, embora exista a possibilidade – remota – de uma surpresa. “Nesse momento vale tudo e estou tentando passar o mínimo de informações para o rival. Se isso ganha ou não o jogo eu não sei, mas prefiro que seja assim”, despistou.

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Mesmo com tantas adversidades, o São Paulo não se abala e confia em pelo menos fazer sua parte e derrubar o rival. Os jogadores se apoiam no peso da camisa, na tradição da equipe na Libertadores e na motivação para reverter a situação desfavorável. “Somos profissionais capacitados para isso. Estamos de pé e vamos em busca da vitória”, prometeu Wellington. Vencer pode nem ser o suficiente, mas o São Paulo tem uma chance de ouro para impor sua força e renascer na competição. Fácil não será. Impossível, muito menos.