São Paulo pega o Cobreloa pela Libertadores

São Paulo –

Libertadores é briga, guerra, violência, catimba? Os brasileiros criaram esse mito em torno da competição continental e, muitas vezes, pagaram caro por isso. Depois dos exemplos negativos do ano passado, as equipes resolveram mudar o comportamento – pelo menos nesse início de ano – e desistiram de artifícios que nunca deram resultado. Quem imaginaria ver dois rivais treinando lado a lado, no mesmo Centro de Treinamento, às vésperas de um jogo importante? Pois foi o que ocorreu ontem.

Sem nenhum constrangimento, São Paulo e Cobreloa, que se enfrentam amanhã, às 19h, no Morumbi, bateram bola em campos vizinhos, na mesma hora, no CT tricolor. Um podia observar as atividades do outro. E não foi o primeiro encontro de ?inimigos? no Brasil. Na semana passada, o Guarany, do Paraguai, treinou no CT do Santos antes de jogar contra a equipe de Emerson Leão. “Viram que bonito? É a evolução do futebol”, brincou o técnico Cuca.

Os atletas estranharam a situação, brincaram com o fato inusitado, mas ninguém reclamou. “Foi a primeira vez que vi isso na carreira”, comentou o volante Alexandre. Em 2003, o Corinthians quis tratar como uma guerra o confronto com o River Plate, pelas oitavas-de-final. Enquanto o adversário jogou bola, os corintianos bateram, tiveram dois jogadores expulsos e ficaram fora do torneio.

A preocupação da comissão técnica e de parte da diretoria é com o excesso de ansiedade. Cicinho, por exemplo, contou que os torcedores, quando o encontram, só falam da Libertadores. É preciso evitar que essa obsessão da torcida não afete o grupo. “Temos de enfrentar o Cobreloa com seriedade, como estamos jogando todas as partidas”, observou o técnico. “É claro que a motivação é maior.”

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo