São Paulo mostra falta de ritmo, mas estreia com vitória

O São Paulo não encantou, mas deu o pontapé para a temporada 2013 com uma vitória sobre o Mirassol, por 2 a 0, neste sábado, no Morumbi, perante quase 15 mil torcedores. Na estreia do Campeonato Paulista, a equipe mostrou a natural falta de ritmo, que pode ser um problema para o jogo de quarta-feira, contra o Bolívar, no mesmo palco, pela pré-Libertadores.

Numa bela triangulação entre Ganso, Osvaldo e Luis Fabiano, o centroavante abriu o placar. Na segunda etapa, depois de levar até uma bola no travessão, o São Paulo melhorou e fez o segundo com Jadson. O meia, aliás, cresceu de produção atuando mais centralizado – na primeira etapa ele foi ponta-direita – e deixou uma dúvida na cabeça de Ney Franco. Ele e Ganso vão bem pelo meio, mas a formação escolhida pelo técnico só tem uma vaga para essa função. Cañete, por sua vez, entrou bem fazendo o papel que no ano passado era de Lucas.

O JOGO – Pensando na pré-Libertadores, Ney Franco preferiu escalar o time com Douglas como titular da lateral direita, uma vez que Paulo Miranda está suspenso na competição continental. Pela esquerda, Cortez foi poupado para dar lugar a Carleto.

Com os dois laterais reservas, o São Paulo teve dificuldades de subir ao ataque pelos lados. Para piorar, pela direita Jadson deixava claro que atuava fora de posição, participando muito pouco da partida no primeiro tempo.

Menos mal para o São Paulo que o lado esquerdo funcionou. Aos 12 minutos, Luis Fabiano escorou para Ganso e o meia deu lindo passe de costas. Osvaldo dominou adiantando a bola, ergueu a cabeça e cruzou com perfeição para Luis Fabiano estufar as redes e largar na frente da artilharia que ele promete buscar.

Visivelmente sem ritmo de jogo, o time tricolor criou pouco na primeira etapa. Lúcio, parecendo empolgado com a estreia no Morumbi, era um dos que mais aparecia, na zaga, na armação, ou mesmo dentro da área.

Parecendo cansado, o São Paulo permitiu o crescimento do Mirassol na volta do intervalo, a ponto de Rogério Ceni precisar fazer duas defesas difíceis, uma num cabeceio e outra numa bomba à queima-roupa, que acertou o seu esôfago.

Ney Franco sentiu a necessidade de mudar. Tirou Luis Fabiano para colocar Aloísio e Ganso para dar lugar ao argentino Cañete. O argentino passou a cair pela direita, com Jadson começando a jogar centralizado. Mas a zaga continuava desentrosada, dando muitos espaços. Aos 24, Alex Silva recebeu livre e bateu forte, alto. Com Rogério Ceni batido, a bola explodiu no travessão.

Depois de quase levar o empate, o São Paulo acordou, principalmente com Cañete, que mostrou que tem condições de ser o substituto de Lucas. Em dois lances seguidos, num reclamou pênalti quando tentou driblar Welton Felipe e este colocou a mão na bola, no outro, chutou forte e carimbou a trave.

Quem marcou o segundo, porém, foi Jadson. Denilson enfiou a bola, a zaga ficou olhando, o meia aproveitou o espaço, girou e bateu rasteiro, sem chances de defesa.

FICHA TÉCNICA:

SÃO PAULO 2 X 0 MIRASSOL

SÃO PAULO – Rogério Ceni; Douglas (Paulo Miranda), Lúcio, Rhodolfo e Carleto; Wellington, Denilson e Paulo Henrique Ganso (Cañete); Jadson, Osvaldo e Luis Fabiano (Aloísio). Técnico – Ney Franco.

MIRASSOL – Diego; Arnaldo (Adílson Bahia), Welton Felipe, Gian e Andrezinho; Alex Silva, Mineiro, Rodrigo Possebon (Leomir) e Camilo; Caion (Borebi) e Felipe Lima. Técnico – Ivan Baitello

GOLS – Luis Fabiano, aos 12 minutos do primeiro tempo, e Jadson, aos 35 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO – Raphael Claus.

CARTÕES AMARELOS – Rhodolfo e Arnaldo.

RENDA – R$ 403.652,00.

PÚBLICO – 14.783.

LOCAL – Estádio do Morumbi, em São Paulo.

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