O São Paulo se manifestou sobre o episódio que culminou na proibição de centenas de torcedores de assistirem ao jogo da equipe em Campinas, contra a Ponte Preta, no sábado. A Polícia Militar impediu que a caravana com 46 ônibus chegasse ao Moisés Lucarelli alegando que os torcedores não tinham ingressos. Nas redes sociais circularam fotos de torcedores nos ônibus com os bilhetes na mão.
Outro ponto que foi motivo de reclamação por parte das organizadas é que as entradas ainda poderiam ser adquiridas nas bilheterias do Moisés Lucarelli, que estavam abertas até o intervalo da partida.
“De forma deplorável, nossa torcida foi proibida de chegar no estádio, com alegações mentirosas que não teríamos ingressos (muitos torcedores nos ônibus já tinham comprado) e nem bilheterias vendendo (estavam à venda), disseram que não haveriam lugares na arquibancada para a torcida visitante (a TV mostrou claramente o contrário)”, disse a Independente em comunicado.
A maior organizada do São Paulo lamentou o fato de não poder acompanhar o duelo. Para o goleiro Renan Ribeiro, a situação foi estranha. “O torcedor do São Paulo sempre é importante para gente, é nosso 12º jogador. Eu não sabia dessa situação, de que não puderam ir ao estádio. Peço que as pessoas que não deixaram eles chegar lá que não façam mais isso, porque são importantes para a gente”, disse.
O São Paulo, por sua vez, defendeu seus torcedores em uma nota oficial. “O São Paulo FC entende que medidas extremadas, tomadas sem que tenha havido qualquer ameaça à ordem pública, configuram um excesso que transmite a ideia de autoritarismo, que não contribui para o alcance de um comportamento respeitoso e civilizado”, afirmou o clube.