O São Paulo entra mais uma vez em campo com a missão de mostrar que não está morto na Copa Libertadores. Depois de quase ser eliminado na fase de grupos, o time renasceu das cinzas, se classificou, mas com a derrota por 2 a 1 no jogo de ida contra o Atlético Mineiro, a situação se complicou. Nesta quarta-feira, às 22 horas, em Belo Horizonte, diante do mesmo adversário, o time precisa vencer por dois gols de diferença ou por um gol, desde que faça mais de três gols. Se der 2 a 1, a decisão será nos pênaltis. Qualquer outro resultado garante o time mineiro nas quartas de final da competição sul-americana. “Não é milagre conseguir a vaga aqui. Sabemos que temos força para isso. Vamos entrar em campo em busca da classificação”, avisou o técnico Ney Franco.
Apesar do otimismo do treinador, ele tem um grande problema que é a possível ausência do atacante Osvaldo, que está em tratamento para melhorar das dores no quadril e ainda é dúvida. Se não puder atuar, um dos principais jogadores ofensivos da temporada dará lugar a Douglas, que é lateral-direito de origem, mas vem sendo usado no meio. Por causa da lesão, até Silvinho, contratado na semana passada, foi chamado para viajar com o grupo. O ex-jogador do Penapolense fez poucos treinamentos com o elenco, mas é uma opção até para o segundo tempo, dependendo de como estiver a partida.
Além de Osvaldo, Rogério Ceni também não participou nesta terça das atividades com a equipe e ficou no hotel em tratamento para as dores no pé direito. O goleiro, que chamou a atenção no clássico contra o Corinthians, por causa de uma grande adiantada na cobrança de pênalti de Alexandre Pato, sabe que pode disputar sua última partida pela Libertadores, pois anunciou recentemente que não pretende jogar em 2014. Por causa disso, o confronto em Minas Gerais é de suma importância para o capitão são-paulino, que pretendia pendurar as luvas com mais um título sul-americano no currículo.
No primeiro jogo entre as duas equipes na temporada, no próprio estádio Independência, o São Paulo tirou algumas lições importantes para o jogo desta quarta. A primeira é que, por causa das dimensões reduzidas do campo, as jogadas de bola parada vão merecer uma atenção especial. O zagueiro Edson Silva, que substitui o suspenso Lúcio, lembra que as faltas levantadas na área por Ronaldinho Gaúcho são muito perigosas, principalmente para Réver. “Precisamos ter atenção com isso”, disse.
Ele afirma que não está gostando muito do clima de festa que tomou os mineiros após a vitória no Morumbi e garante que não se pode comemorar antecipadamente no futebol. “Teve festa da torcida atleticana no desembarque, mas ainda tem um outro jogo. O São Paulo é um time grande e é preciso respeitar isso. Sei que a torcida é assim mesmo, só espero que eles não achem que já estejam classificados”.
O zagueiro preferiu também ignorar as declarações de Ronaldinho Gaúcho, que em uma ocasião falou que o clube estava só se divertindo contra o São Paulo e na outra explicou que, quando o Atlético joga sério, vence. “Quem tem boca fala o que quer. Nós temos de ficar calados”, comentou Edson Silva.