O São Paulo vai inaugurar na noite desta terça-feira, a partir das 19h30, a “calçada da fama” do Morumbi. Nomes de 99 ídolos da história do clube, entre eles todos os campeões mundiais de 1992, 1993 e 2005, estarão representados na rampa do portão 17 do estádio, nos mesmos moldes da famosa calçada de Hollywood. Aliás, até para não haver problema legal com o ponto turístico de Los Angeles, o nome será “Caminho dos Ídolos”.
“Originalmente, o Itagiba (Francez, conselheiro do clube) queria fazer Calçada da Fama. Quando vazou a primeira notícia da inauguração, quando ainda nem ia acontecer, um advogado me ligou dizendo o seguinte: ‘Eu represento não sei quem, os detentores do nome Calçada da Fama, que é de Hollywood, uma marca vitalícia’. Ele me aconselhou a não usar. Para evitar tudo isso, eu me reuni com companheiros e resolvemos verificar a veracidade disso. Aí dei o nome de Caminha dos Ídolos”, explica Homero Bellintani, também conselheiro são-paulino e um dos idealizadores do projeto.
Cada atleta homenageado terá uma placa de 50cm x 50cm no chão, com a estrela e o nome no disco. Além dos campeões mundiais como Raí, Toninho Cerezo e Rogério Ceni, estarão representados ídolos de várias gerações, de Friedenreich e Leônidas a Careca e Kaká.
“Enviei uma relação de 151 nomes. Foram feitas votações em sites do São Paulo, junto a sócios, quem quisesse opinar. O presidente Leco quis os campeões de 1992, 1993 e 2005. E vieram outros do passado, como Belini , Mauro, Poy… O Conselho Consultivo tirou alguns, acrescentou outros. Demorou quatro meses. Aí ficaram esses”, diz o conselheiro, justificando a escolha de 99 nomes.
O Caminho dos Ídolos vai homenagear apenas jogadores, o que levou Telê Santana, um ícone da história do clube, não ser contemplado. “Há um projeto para fazermos uma parede na mesma rampa, só com os grandes treinadores: Cilinho, Muricy Ramalho (que já será um dos homenageados como jogador), Telê… E também haverá um outro espaço com os nomes de todos os jogadores que o São Paulo já teve”, conta Bellintani.
De acordo com o conselheiro, o projeto teve custo de R$ 80 mil, pagos pelo clube. A princípio, qualquer torcedor que desejar visitar o espaço terá livre acesso. “Até quem comprar ingresso e quiser conhecer, obviamente vai vir pela rua, entra no portão 17, sem problema nenhum”, completa.