Não há mais tempo para vacilos. Se quiser ainda sonhar com uma vaga na Libertadores e amenizar a vertiginosa queda de produção que teve no segundo turno do Brasileirão, o São Paulo precisa vencer. E, no caso do jogo desta quarta-feira, isso significa lidar com um dos maiores fantasmas que assombram o clube nessas últimas décadas. Depois de acabar com um jejum de nove jogos sem vitórias no campeonato, o time enfrenta o Atlético-PR, na Arena da Baixada, em Curitiba – uma combinação nada agradável na história são-paulina.
Em 13 jogos que já fez na Arena da Baixada, desde a inauguração do estádio em 1999, o São Paulo jamais venceu – são oito derrotas e cinco empates. A pressão por, enfim, terminar com essa série de insucessos no local vem mais pelo momento do clube, que ainda pensa ser possível recuperar o terreno perdido na classificação do campeonato durante as nove rodadas de jejum. Mas, com quatro jogos apenas para o fim do Brasileirão, as contas são-paulinas apontam para um desempenho quase perfeito nessa reta final – o time também enfrentará os rivais Palmeiras e Corinthians, além do ameaçado América-MG.
“Nós ainda acreditamos que podemos nos classificar para a Libertadores. Mas, para isso, acredito que vamos precisar de pelo menos 10 pontos”, afirmou o vice-presidente de futebol do clube, João Paulo Jesus Lopes. Segundo o dirigente, todo o planejamento da temporada que vem está vinculado a estar ou não de volta à competição continental. “Se não nos classificarmos, vamos precisar montar um plantel grande, pois teremos que disputar novamente duas competições, a Sul-Americana e a Copa do Brasil.”
“Jogar lá é sempre difícil. A torcida empurra o jogo todo, o campo é menor, vários aspectos podem influenciar. Está na hora de quebrar esse tabu. Viemos de uma vitória contra o Avaí e isso dá confiança para ir lá quebrar o tabu e fechar o ano com o objetivo alcançado”, disse o zagueiro Xandão, um dos titulares do São Paulo nesta quarta-feira.