Se na Baixada ninguém fala sobre o assunto, ou quando pergutando a resposta é ?o Dagoberto continua treinando e não cabe fazer nenhuma declaração sobre esse assunto? – conforme a ?explicação? do diretor de futebol do Atlético, Marcos Moura Teixeira – no Morumbi, em São Paulo, o caso é falado às claras e sem soberbas.
Apesar de a multa rescisória do atacante Dagoberto despencar de R$ 16 milhões para pouco mais de R$ 5 milhões a partir de quinta-feira, a diretoria são-paulina acredita que a contratação do jogador ainda se arrastará pelo mês de abril.
Acordo
Tudo porque os tricolores não querem entrar em conflito com a diretoria do atleticana.
?O Dagoberto já está virando novela. Proposta no valor dessa nova multa rescisória nós já fizemos. Mas nossa intenção é entrar em um acordo com o Atlético e, por isso, estamos conversando periodicamente com eles?, afirmou o assessor da presidência do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes.O maior adversário do São Paulo na luta por Dagoberto é o manda-chuva do Atlético, Mário Celso Petraglia.
É com ele que o presidente são-paulino Juvenal Juvêncio vem negociando.
?Entendemos a posição do Atlético, que é obter o maior valor possível no atleta, mas a saída do Dagoberto é inevitável. Uma hora vai ter o desfecho?, avisou Jesus Lopes.
Superintendente tricolor bota mais pimenta no caso
Segundo o site furacao.com, minutos antes da partida entre São Caetano e São Paulo, no sábado, Marco Aurélio Cunha, superintendente do São Paulo, concedeu uma entrevista ao repórter Fernando Fernandes, da TV Bandeirantes. Perguntado sobre o interesse do São Paulo em contratar Dagoberto após o final deste mês, quando a multa rescisória do atleta cai para R$ 5,4 milhões, Cunha respondeu: ?O São Paulo segue a lei, o Dagoberto é um jogador interessante, gostaríamos de tê-lo.
É um projeto do presidente Juvenal Juvêncio.?
Dossiê
Quando o repórter questionou se havia alguma preocupação quanto ao dossiê lançado pelo ETA (Esquadrão da Torcida Atleticana), Cunha falou: ?Tem que ver se a pessoa que está lançando tem credibilidade, pelo que eu sei não, até pelo passado dessa pessoa, que já se meteu em confusão e foi banida do futebol, mas acabou voltando. Antes de fazer isso, tem que ver se não tem telhado de vidro, tem que olhar para o próprio rabo.?
Fernandes perguntou se essa pessoa seria Mário Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo do Atlético. Cunha desconversou: ?Olha, eu não estou dizendo isso, é você que está falando.?
Cunha, que já foi supervisor do Coritiba, também tentou ser personagem central das finais da Libertadores de 2005, entre o Rubro-Negro e o Tricolor. Na ocasião, ele disse que o ?São Paulo não iria disputar o jogo no ?puxadinho? do Atlético?. A primeira partida da final foi realizada no Beira Rio, em Porto Alegre, e houve empate por 1 a 1. No segundo e decisivo jogo, o Furacão foi goleado por 4 a 0, e o título ficou no Morumbi.