O São Paulo enviou uma carta à Conmebol, nesta sexta-feira, informando que não deseja ir ao México para enfrentar o Chivas, pelas oitavas-de-final da Libertadores. O jogo de ida do confronto estava marcado para a próxima quarta-feira, sem lugar definido, e agora consta no site da entidade como marcado para o Estádio Jalisco, em Guadalajara, mas sem data prevista.

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Na carta, assinada pelo presidente Juvenal Juvêncio, o São Paulo diz “repudiar veementemente” que a partida seja realizada em Guadalajara ou em qualquer outro lugar no México, e pede pressa para que o jogo aconteça “em qualquer ponto das Américas, que não o território mexicano ou outro ponto da América do Norte”, áreas mais atingidas pela epidemia de gripe suína.

A doença forçou a realização de jogos no México sem público, e obrigou a Conmebol a adiar as partidas dos times mexicanos na Libertadores – além do Chivas, também está classificado o San Luis, que enfrenta o Nacional. O time uruguaio também se recusou a jogar no país, depois de a Conmebol ser informada por dirigentes mexicanos de que o risco de contágio diminuiu e os jogos podem voltar a ter público neste fim de semana.

Embora o texto deixe claro que o São Paulo não pretende jogar no México, o superintendente de futebol, Marco Aurélio Cunha, admite que o clube não terá outra saída se a Conmebol tomar a decisão unilateral de marcar a partida para Guadalajara. “A gente vai, contrariado, para cumprir o regulamento. Se o São Paulo é consultado, ele diz não, mas se for imposto, a gente vai”, declarou o cartola, em entrevista ao programa Globo Esporte, da TV Globo.

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“Não é nada contra o povo mexicano, é apenas uma questão de saúde pública”, completou Marco Aurélio, reiterando discurso de Juvenal no documento enviado à Conmebol. “O São Paulo está seguro da responsabilidade das autoridades mexicanas e reforça o sentimento de solidariedade do povo brasileiro em relação a seus irmãos mexicanos”, escreve o clube.