São Paulo – Uma conversa entre o presidente Marcelo Portugal Gouvêa e o diretor de futebol Juvenal Juvêncio começa a definir o futuro imediato de Rojas no São Paulo. Seu contrato como treinador vai até 31 de dezembro, mas não há certeza de que ele continuará.
Para o ano que vem, não há dúvidas: ele voltará a treinar os goleiros do clube, a não ser que considere isso uma derrota e uma injustiça para quem já foi técnico. Nesse caso, Rojas dará seqüência à sua carreira em outro time. Até hoje, ele nunca mostrou desejo de sair do São Paulo.
O planejamento do São Paulo baseava-se em manter Rojas, garantir uma vaga para a Libertadores e procurar com calma um treinador experiente para o ano que vem. Não é por coincidência que o contrato de Leão com o Santos termina também no final do ano. Para Leão, o São Paulo aceitaria pagar um salário alto, o que não quis fazer com Tite e muito menos com Roberto Rojas.
O fraco rendimento do time no segundo turno perdeu cinco partidas, ganhou cinco e empatou quatro fez com que a vaga na Libertadores passasse a ser algo colocado em dúvida. Se o campeonato terminasse hoje, o São Paulo estaria dentro, mas com o mesmo número de pontos do Atlético Mineiro. A vantagem é ter 17 vitórias contra 16 dos mineiros.
É com esses dados na cabeça que Gouvêa e Juvenal conversarão. Vale a pena trocar o técnico agora? O time reagiria bem a um novo treinador, recebendo o “chacoalhão” necessário para garantir a vaga. Ou, pelo contrário, teria uma queda de ânimo, como aconteceu após a ameaça de Juvenal Juvêncio, que prometeu uma grande reformulação para 2004 caso o São Paulo fique fora da Libertadores. Isso ocorreu depois do empate contra o Atlético-MG. E o São Paulo, depois da bronca, perdeu para Paraná, Santos, Bahia e Goiás.
Outro dado importante é a paralisação do Brasileirão, entre 9 e 22 próximos, período em que a seleção brasileira enfrenta Peru e Uruguai pelas Eliminatórias do Mundial/2006. O time viajará para a Inglaterra, onde treinará contra o Manchester e fará um amistoso contra o Bolton. Uma boa parada para que Rojas possa conseguir um bom rendimento de seu time. Ou para que um novo treinador comece a conhecer o elenco que tem em mãos.
Faltam nove jogos e o São Paulo precisa ganhar 17 pontos. Os três primeiros precisam vir contra o Guarani na quinta-feira. Caso não venham, Rojas estará ainda mais longe de chegar ao final do ano como técnico do São Paulo.