São Paulo defende invencibilidade no México

Aguascalientes  – O São Paulo tem uma dupla missão hoje, às 22h (de Brasília), contra o Necaxa, no México: alcançar a liderança isolada do Grupo 2 da Copa Libertadores da América e ainda tentar ampliar sua invencibilidade para 30 jogos. Com 4 pontos

no torneio continental, o time são-paulino está 2 atrás justamente do rival mexicano.

O problema é que o Necaxa é um dos poucos times que mantém 100% de aproveitamento na Libertadores. Por isso, jogando na cidade de Aguascalientes, o São Paulo teme ver o fim de sua longa invencibilidade.

?Estamos conscientes que uma hora o São Paulo vai perder. É normal. Anormal é não perder. Se vier, a derrota será encarada com naturalidade?, garantiu o superintendente de futebol do clube, Marco Aurélio Cunha.

?É uma marca rara no futebol mundial, pois estamos enfrentando adversários de qualidade.?

Para o dirigente, a série invicta do São Paulo já é de 34 jogos. A exemplo do que aconteceu em 1975, quando ficou 47 jogos sem perder, o São Paulo contabiliza os amistosos -foram cinco vencidos pelo time C, que excursionou pela Índia no início do ano.

No retrospecto contra o Necaxa, porém, o são-paulino não precisa se desesperar.

Em três jogos, uma vitória para cada lado, além de um empate, com cinco gols a favor do São Paulo e dois contra.

O técnico Muricy Ramalho pouco se importa com a invencibilidade, que completará seis meses no próximo sábado. Ele só quer saber de ver seu time vencendo os jogos. Não importa se convencendo ou não. Ainda mais em uma Libertadores.

?Todo time mexicano é sempre muito complicado.

Eles têm uma boa estrutura por conta do investimento que é feito no futebol. E no Necaxa não é diferente. É um time com valores argentinos, brasileiros e bons mexicanos. Uma equipe velocista?, avaliou Muricy, que conhece muito sobre o futebol do México, por ter jogado e treinado o Puebla, hoje na 2.ª divisão do país.

Apesar das dificuldades previstas, o São Paulo terá força máxima para encarar o Necaxa.

O volante Josué, poupado do jogo contra a Ponte Preta, sábado, pelo Paulistão, está confirmado. E na defesa, o zagueiro André Dias, recuperado de lesão muscular, retorna.

Ex-atleticano Kléber promete frustrar são-paulinos

Cahuê Miranda

O São Paulo vai pagar a conta da crise no Necaxa. Quem garante é o ex-atleticano Kléber, que promete acabar com a invencibilidade do tricolor na Libertadores, hoje à noite, no México. Outrora ?Incendiário da Baixada?, o artilheiro desta vez quer dar uma de bombeiro e marcar os gols que trarão a paz novamente ao clube da cidade de Aguascalientes.

Invicto na Libertadores, com duas vitórias contra Audax (CHI) e Alianza (PER), o Necaxa não repete a boa campanha no Campeonato Mexicano. Há oito jogos sem vencer, com cinco derrotas e três empates, a equipe está na lanterna do Grupo A e a cabeça do técnico José Luis Trejo já corre perigo.

Esta noite, no estádio Victoria, o objetivo dos ?Rayos? (apelido do Necaxa) é manter a liderança do Grupo 2 da Libertadores. ?É um jogo muito importante, porque estamos em busca do título da Libertadores e um triunfo vai nos dar mais tranqüilidade também na liga (mexicana). É muito bom marcar gols em um clube como o São Paulo e vou lutar muito para isso?, declarou Kléber à imprensa mexicana.

Porém, o artilheiro é realista em relação ao futebol apresentado por sua equipe nas últimas partidas. ?Temos que melhorar muito e mudar nossa maneira de jogar. Estamos com apenas dez pontos na liga e podemos ter problemas com o rebaixamento. Temos que nos concentrar nos dois torneios?, ressalta.

O atacante brasileiro também quer dar uma força para o treinador. ?Tomara que Trejo fique aqui por muito tempo. É bom técnico e uma boa pessoa. Gosto muito dele, que está sempre perto de nós. Se há algum jogador que não está de acordo, que o diga de frente?, dispara o matador, reforçando o estilo polêmico que o tem caracterizado no futebol mexicano.

Na partida contra o Tecos, no último domingo, Kléber foi expulso depois do apito final, por reclamar do duvidoso pênalti que decretou a derrota do Necaxa por 2 a 1. ?Espero que o árbitro tenha coragem e repita o que disse na minha frente. Ele falou que eu xinguei a sua mãe, mas outros jogadores estavam por perto e viram que eu não disse nada?, afirma o Incendiário.

O Necaxa é o terceiro clube defendido por Kléber no México. Vendido pelo Atlético ao Tigres, em 2002, passou também por América e Veracruz. Plenamente adaptado ao futebol mexicano, ele diz que espera continuar na equipe dos Rayos. ?Conversei com o presidente do clube para ficar mais um ano por aqui. Mas agora estou pensando apenas em vencer o São Paulo?, conclui o artilheiro.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo