São Paulo calcula perdas

A derrota para o Santos foi bastante sentida pelos jogadores, comissão técnica e dirigentes do São Paulo. Mas a eliminação, numa competição em que quase todos os são-paulinos acreditavam no título, “pesou” mesmo foi no bolso – ou nos cofres do clube. A diretoria ainda não sentou para calcular exatamente quanto perderá com a inesperada derrota mas, pelas estimativas feitas no Morumbi, é consenso que o São Paulo deixará de ganhar pelo menos R$ 15 milhões.

As conseqüências do desastre refletirão no elenco. A folha de pagamento gira em torno de R$ 2 milhões mensais e a idéia é reduzi-la em pelo menos 30%, mas sem mexer nos “medalhões”. A não ser que apareça um grande negócio. Pela primeira vez nos últimos meses, o diretor de futebol Carlos Augusto de Barros e Silva, com o aval do presidente Marcelo Portugal Gouvêa, falou na possibilidade de vender Kaká. Voltou a dizer que a intenção é mantê-lo até a Olimpíada de Atenas, em 2004, mas uma proposta sedutora pode mudar tudo.

A maioria dos titulares será mantida. Aqueles atletas utilizados apenas para compor o grupo, porém, vão ser dispensados. O primeiro a sair será o zagueiro Reginaldo Cachorrão, que quase não jogou pelo time e recebe cerca de R$ 30 mil. O segundo será o lateral-direito Rafael. Pagará caro por ter enfrentado o hábil Robinho nas quartas-de-final do Brasileiro, em que o santista levou a melhor. O zagueiro Wilson, que ganha aproximadamente R$ 40 mil mensais, tem contrato apenas até o fim de janeiro e será liberado para buscar interessados. O meia Adriano vai embora. O futuro de Dill ainda não está definido. Leandro tem contrato até junho de 2003 e a multa rescisória não é baixa. Por isso, é possível que permaneça por mais seis meses. O objetivo da diretoria é se desfazer de alguns titulares, como Gustavo Nery, mas, para isso, é preciso receber alguma proposta. Não querem jogar fora um elemento considerado patrimônio do clube.

Além de perder a receita de bilheteria das finais do Campeonato Brasileiro, o clube não terá os benefícios de disputar a Copa Libertadores da América em 2003.

Os atletas entraram em férias ontem e só retornam em 2 de janeiro. Apesar da pressão de parte dos conselheiros, que pedem a saída de Oswaldo de Oliveira, o técnico será mantido – só sai se receber convite para dirigir a seleção brasileira. “Existe pressão, mas não podemos analisar seu trabalho por um jogo”, explicou Carlos Augusto de Barros e Silva.

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