Um resultado muito melhor do que a atuação garantiu aos reservas do São Paulo a vitória de virada sobre a Ponte Preta, neste domingo, em Campinas. O time ficou acuado durante 65 minutos, para depois, nos dois únicos ataques certeiros, confirmar o placar de 2 a 1 pelo Campeonato Paulista.

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Os três pontos garantidos pela vitória valem mais para a Libertadores do que propriamente para o Estadual. O resultado, maiúsculo pelo que o time apresentou, dá mais tranquilidade para se preparar para quarta, quando o time recebe o San Lorenzo no Morumbi.

A proximidade com o jogo e as lesões levaram o técnico Muricy Ramalho a escalar uma equipe reserva e uma formação inédita. O esquema tático 3-4-3 não funcionou no primeiro tempo e a possibilidade de arrumar e a equipe ficou sufocada pela falta de opções no banco.

Apesar de poder escalar sete reservas, Muricy tinha apenas cinco e nenhum deles meia de origem. Assim, o torcedor são-paulino presente ao estádio teve de aguentar a chuva e o excesso de falhas do time. O São Paulo acumulou dois graves problemas: não criava e ainda marcava mal.

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O grande atalho para a Ponte Preta era pela direita, onde forçava as jogadas em Boschilia. Logo na primeira investida, aos 9 minutos de jogo, saiu o gol. Rodinei foi sozinho à linha de fundo e cruzou para o cabeceio do meia Roni, que pertence ao São Paulo.

O gol fez a Ponte Preta notar que não teria pela frente um time perigoso. O trio ofensivo tricolor não tabelava e os chutes não iam na direção do gol. Bastava aos campineiros ter a paciência de aguardar o adversário errar e nessa tática, Bruno Silva aproveitou uma falha na saída de bola para chutar uma bola no travessão, aos 35 minutos.

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O desastroso início levou Muricy a descartar o experimento com o 3-4-3 e usar o tradicional 4-4-2. Ainda no primeiro tempo Boschilia deixou de lado a ala esquerda e voltou à posição de origem. Como meia, ajudou o time a ter presença ofensiva.

Essa evolução, porém, não resolveu os problemas da defesa. Entrar na área de Rogério Ceni no começo do segundo tempo era tão fácil que a Ponte Preta mostrava displicência, como se estivesse certa da proximidade do segundo gol.

Os repetidos erros de finalização justificaram o castigo. Na primeira jogada certa feita pelo São Paulo, Thiago Mendes achou Paulo Miranda na área para finalizar chutar de primeira e empatar, aos 20 minutos.

A igualdade despertou os times. A Ponte Preta voltou a criar e o São Paulo, voltou a acreditar na vitória. Na segunda investida correta finalmente o ataque tricolor conseguiu tabelar e Ewandro achou Alan Kardec livre. O gol no momento certo, aos 39 minutos, impediu qualquer reação da Ponte.

FICHA TÉCNICA

PONTE PRETA 1 X 2 SÃO PAULO

PONTE PRETA – João Carlos, Rodinei, Tiago Alves, Pablo e Rodrigo Biro; Fernando Bob, Bruno Silva, Renato Cajá (Tomás) e Roni (Fagner); Biro Biro e Rildo (Wellington). Técnico: Guto Ferreira.

SÃO PAULO – Rogério Ceni; Paulo Miranda, Lucão e Edson Silva; Auro, Hudson (Rodrigo Caio), Thiago Mendes e Boschilia; Jonathan Cafu, Alan Kardec e Ewandro. Técnico: Muricy Ramalho.

GOLS – Roni, aos 9 minutos do primeiro tempo; Paulo Miranda, aos 20, e Alan Kardec, aos 38 do segundo tempo.

ÁRBITRO – Marcelo Aparecido de Souza.

CARTÕES AMARELOS – Hudson, Boschilia, Tiago Alves, Biro Biro, Rodrigo Biro, Fernando Bob e Rodrigo Caio.

PÚBLICO – 4.460 pagantes.

RENDA – R$ 102.791,00.

LOCAL – Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas.