São Paulo aposta na volta de Kaká contra o Vitória

Com apenas um ponto conquistado nas últimas três partidas – duas delas em casa -, o São Paulo reencontra o seu torcedor com a obrigação de jogar bem contra o Vitória, neste domingo, às 18h30, no estádio do Morumbi, em São Paulo, pela 14.ª rodada do Campeonato Brasileiro, e sair de campo com o triunfo. Se tropeçar de novo, como aconteceu no empate da rodada passada com o Criciúma, o time poderá ficar ainda mais longe do G4. E para vencer terá uma arma poderosa: a presença de Kaká, que defenderá o time tricolor no Morumbi pela primeira vez depois de 11 anos.

O meia volta ao time como a grande atração maior da partida, que tornou-se muito importante por causa dos pontos perdidos pela equipe desde o reinício do campeonato, após a Copa do Mundo. Na sua primeira passagem, Kaká marcou 31 gols em 65 jogos no Morumbi e explodiu para o futebol na final do Torneio Rio-São Paulo de 2001, quando entrou no decorrer o jogo e marcou os gols que deram da vitória por 2 a 1 sobre o Botafogo que garantiram o título.

“Não vejo a hora”, admitiu o meia, que fez apenas um jogo desde que foi emprestado pelo Orlando City até o fim do ano. “Acredito que será muito legal poder jogar no Morumbi de novo. A torcida incentivou contra o Criciúma e as cobranças no fina, foram normais. Os torcedores têm nos incentivado e ajudado bastante”.

Pelo que apresentou na estreia contra o Goiás, em que marcou um gol e foi o melhor em campo na derrota por 2 a 1, Kaká faz jus à esperança de que o time será outro com sua presença. Essa é a aposta não apenas dos torcedores, mas também da diretoria e do técnico Muricy Ramalho.

“Ele está 100%, fez todos os treinamentos e não sentiu nada, nem dor muscular. A gente estava muito preocupado em relação a isso, porque ele voltou da Europa e ficou dois meses sem atividade. O trabalho hoje é muito forte e estávamos preocupados em não aumentar essa lesão. Mas ele voltou muito forte”, elogiou Muricy Ramalho.

Da mesma forma que o duelo contra os goianos foi promissora pelo desempenho de Kaká, ficou claro que não será apenas sua performance individual que mudará os rumos de um time marcado pela instabilidade e erros de posicionamento.

O principal desafio agora é fazer o time tricolor funcionar como uma equipe e não depender apenas dos lampejos de seus jogadores de frente, fato visto apenas contra o Bahia (o primeiro após a disputa do Mundial) e, em menor escala, diante do Criciúma.

Isso passa pelo recuo dos homens de frente quando o time estiver sem a bola. “Temos de ter a consciência de que os atacantes precisam defender”, analisou Kaká. Para Muricy Ramalho, é apenas uma questão de adaptação. “Não posso transformá-los em marcadores, mas ao menos eles podem ocupar os espaços do campo na marcação”.

ANSIEDADE – A expectativa é que a presença de Kaká dê um salvo-conduto para o time tentar construir o placar sem vaias e pedidos de raça. “Acho que a torcida estará ao lado da equipe”, projetou o craque. A diretoria acredita que Morumbi receberá mais de 40 mil pessoas na volta para casa de Kaká.

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