A guerra entre Portuguesa e São Paulo continua acirrada. Mais uma vez, os dirigentes do clube do Morumbi são acusados de aliciar jovens valores da equipe do Canindé. O duelo começou no fim de 2002, quando os dois brigaram na Justiça pelo passe do zagueiro Davi, de 17 anos. E, segundo a Lusa, do time infantil campeão daquele ano, o goleiro Everson, o lateral-direito Rafael, o zagueiro Maurício, o volante Wesley e os atacantes Diego e Pablo, foram “roubados” pelo Tricolor. A briga nos tribunais agora envolve o meia-atacante Rafinha, que tenta deixar a Lusa para jogar no São Paulo.

Segundo diretores da Lusa, até atletas em fase de teste no clube estão sendo aliciados pelo São Paulo e, mais uma vez, da categoria infantil: o goleiro Marlon Santos da Silva, de 14 anos, e o meia-atacante Thiago Andrade, de 15 anos, alojados no Canindé para um período de testes. A acusação atinge Antônio Carlos Silva, que era coordenador das categorias de base da Portuguesa e agora dirige o time infantil do São Paulo, e seu irmão, José Silva, além de Nilton Beluzzo, ex-treinador e empresário de atletas da base do Tricolor.

O assédio começou quando Marlon, que conhece meninos que jogam em clubes paulistas, comentou com o amigo Otávio Augusto, do São Paulo, que estava fazendo testes na Lusa. “Sem eu pedir, ele avisou seu empresário, o Nilton, acho que o sobrenome é Beluzzo, que me ligou dizendo que eu deveria fazer teste no São Paulo, pois lá teria mais chances de vencer na carreira”, contou Marlon. O atleta aceitou o convite e fez os testes na terça-feira. O atacante Thiago foi junto. Nilton pegou os meninos no portão 3 do Canindé às 6h30 e os levou para treinar em Taboão da Serra.

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