Santos – Desta vez, Robinho não conseguiu carregar o time do Santos nas costas. Costas que, por sinal, estavam doloridas desde o jogo de quinta-feira contra o Rio Branco. Dores que o tiraram do jogo de ontem aos 17 minutos do segundo tempo. Com Robinho fora de combate, coube a um quase desconhecido atacante salvar a equipe ontem, ganhando direito a alguns minutos de glória: Evando, que quase ao final da partida marcou o gol da vitória por 3 a 2 sobre o time do ABC na Vila Belmiro.
Um resultado fundamental para o Santos. O time foi a 24 pontos e continua no encalço do líder São Paulo.
Apesar da vitória, o Santos apresentou vários problemas ontem. Individualmente, nenhum jogador foi bem. O meio-campo esteve confuso na marcação e também na criação de jogadas. Ricardinho apareceu pouco. Mas o técnico Oswaldo de Oliveira também não encontrou solução para tornar o time mais eficiente diante de um adversário bem posicionado.
O que não significa que o jogo não tenha sido bom. Robinho, de quem sempre se espera lances de efeito, além da dor nas costas teve de conviver com a implacável marcação do bom volante Zé Luiz e, embora tenha se movimentado bastante, não conseguiu fazer grandes jogadas.
Mas fez o primeiro gol do Santos, num lance em que a defesa do São Caetano pediu impedimento que não existiu – foi o décimo gol de Robinho, artilheiro do Paulista junto com Finazzi (América) e Diego Tardelli (São Paulo). Só que pouco depois Marcinho cobrou uma falta e aproveitou-se do fato de o goleiro Mauro ter armado mal na barreira para empatar, resultado justo para o primeiro tempo.
Na etapa final, mesmo com um maior volume de jogo (aquele tipo de domínio no qual o time fica com a bola, mas é pouco objetivo), o Santos fez o segundo com uma cabeçada de Deivid, após indecisão de Sílvio Luiz – que depois se recuperaria com três boas defesas. Domingos marcou contra logo depois e, novamente, o jogo ficou empatado.
E parecia que assim iria terminar quando Evando, que entrara pouco minutos antes no lugar de Tcheco, recebeu passe de Ricardinho e fez o terceiro gol. Era a vitória, aos 44 minutos do segundo tempo. Alívio para o time, já vaiado, e para o técnico Oswaldo de Oliveira, também alvo dos torcedores.
Agora, o Santos deixa o Paulista de lado para pensar no jogo com o Danúbio, do Uruguai, quinta-feira, pela Libertadores. No domingo volta ao Estadual, no clássico contra o Palmeiras.