O Santos não teve uma atuação brilhante, mas criou chances para eliminar o jogo da volta na Copa do Brasil. Não conseguiu por causa da ótima atuação do goleiro Vitor, do Londrina, que fez três grandes defesas. Com o placar de 1 a 0, gol de Robinho, em um pênalti duvidoso, na noite desta terça-feira, no Estádio do Café, o time santista vai fazer o jogo da volta na Vila Belmiro, no dia 16 de abril, com a vantagem do empate.

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“Não foi ruim. Nós ganhamos o jogo. O goleiro deles teve uma grande atuação. Vamos fazer uma grande partida na volta, na nossa casa, para garantir a classificação”, conformou-se o atacante Robinho.

Contrariando as expectativas do técnico Marcelo Fernandes, que queria impor seu ritmo de jogo, o Santos não conseguiu ser protagonista. Ficou comprimido na defesa por causa da boa movimentação dos meias do Londrina, principalmente Celsinho. Além disso, o time da casa estava acostumado ao gramado irregular e cheio de buracos que transformava cada domínio de bola em uma prova.

O combustível do campeão paranaense também vinha das arquibancadas. Era um time vibrante e que compensou dessa forma a ausência de sete titulares, suspensos por causa de uma briga na semifinal da Série D do ano passado.

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O domínio, no entanto, era pouco efetivo. Não se traduzia em chances. A melhor chance de gol só ocorreu aos 30 do primeiro tempo, com cobrança de falta de Celsinho que Vanderlei se esticou para salvar. O Santos compensava o menor tempo de posse de bola com a objetividade. Beneficiado pelos problemas do rival na saída de bola, era mais agudo e contundente. Foi por isso que conseguiu as melhores chances do primeiro tempo: um chute de Ricardo Oliveira, aos 19, e outro de Victor Ferraz, aos 36. Nesse último, o goleiro Vitor fez uma defesa de arregalar os olhos.

Essa diferença de estilos – cadência x objetividade – estava expressa nos números. O placar das finalizações do primeiro tempo terminou 8 a 2 para o time paulista. Nesse cenário, o gol santista era iminente.

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Bastaram cinco minutos para ele sair na etapa final. Mas saiu de pênalti, resultado de um rigor danado do árbitro que viu toque de Germano dentro da área. A batida de Robinho não deu margem para outro milagre de Vitor.

A derrota parcial não trouxe um choque de realidade para os paranaenses, que continuaram tocando de um lado para o outro sem conseguir finalizar. O quadro ficou ainda mais inóspito com a contusão de Celsinho, o único lúcido. O Londrina achou que não tão ruim assim perder por um gol e tentar a sorte grande no jogo de volta, na Vila Belmiro.

A partir daí, o Santos tomou conta do jogo. Só não conseguiu ampliar a vantagem e eliminar o jogo de volta por causa da ótima atuação do goleiro Vitor. Ele fez mais dois milagres: barrou um chutaço de Robinho e a cabeçada de Ricardo Oliveira, tudo no mesmo lance, aos 22.

Faltou ao Santos também impor sua qualidade técnica. Robinho e Cicinho abusaram dos chutes tortos e perderam chances claras. Em uma noite cheia de altos e baixos, ficou apenas o consolo da vitória chocha.

FICHA TÉCNICA

LONDRINA 0 X 1 SANTOS

LONDRINA – Vitor; Lucas Ramon, Dirceu, Silvio e Lino; Diogo Roque, Germano, Leo Maringá (Roni Dias) e Celsinho (Cofi); Paulinho (Everton) e Arthur.

Técnico: Claudio Tencati.

SANTOS – Vanderlei; Cicinho, David Braz, Werley e Victor Ferraz; Valencia, Renato e Lucas Lima; Geuvânio, Robinho (Gabriel) e Ricardo Oliveira (Thiago Ribeiro). Técnico: Marcelo Fernandes.

GOL – Robinho, aos 8 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO – Paulo Henrique de Melo Salmazio.

CARTÕES AMARELOS – Paulinho, Lucas Lima, Dirceu e Cicinho.

PÚBLICO – 10.917 pagantes.

RENDA – R$ 396.370,00.

LOCAL – Estádio do Café, em Londrina.