Santos vê força do ataque como razão para bom momento do time

Cinco bons atacantes. Esse é o segredo do Santos, que começou o Campeonato Paulista sendo apontado como o pior dos grandes e a cinco rodadas do encerramento da fase de classificação, menos de dois meses depois da estreia na temporada, é o primeiro a se classificar às quartas de final, com o melhor aproveitamento ofensivo do Estadual, com 22 gols marcados.

A fartura de bons jogadores para o ataque levou Enderson Moreira a ser demitido por discordar publicamente das pressões que estaria sofrendo para escalar o mais novo do quinteto, Gabriel, o artilheiro do time em 2014 (anotou 21 gols) e grande aposta dos dirigentes.

Mas, se o Santos vai bem, deve muito ao endiabrado Robinho, em fase de artilheiro, depois de ter ficado sem marcar nas primeiras cinco rodadas do Paulistão, marcou dois contra a Portuguesa e repetiu a dose diante do Linense. Suas últimas apresentações empolgam o torcedor santista e levaram Dunga a convocá-lo para os amistosos da seleção contra França e Chile, nos dias 26 e 29, respectivamente.

O futebol de Gabriel murchou no Sul-Americano Sub-20 e o início da reação pode ter sido contra o Marília, quando fez um dos quatro gols da vitória santista e deu assistência para mais dois. Thiago Ribeiro é outro que volta a ser útil, depois de ter sido considerado moeda de troca ao Fluminense na negociação para levar Walter para a Vila Belmiro. Ele foi o centroavante do time alternativo que enfrentou o Marília e fez dois gols.

“Na montagem do novo time, o Santos se preocupou em ter dois bons jogadores por posição para que sempre haja competitividade sadia no grupo, sem o perigo de acomodação”, disse o CEO Dagoberto Santos, o homem forte do futebol santista. Para o ataque, a nova administração santista sentiu a necessidade de achar um goleador bom e barato para ocupar a vaga de Leandro Damião, que frustrou a torcida em 2014 e foi emprestado ao Cruzeiro.

E novamente Robinho entrou em ação, indicando o seu ex-companheiro de ataque no Santos de 2003 (vice-campeão da Copa Libertadores), Ricardo de Oliveira. Com 34 anos de idade e determinado a voltar a atuar no futebol brasileiro, depois de quatro temporadas no exterior, o jogador chegou de graça à Vila Belmiro e aceitou o salário de R$ 50 mil por mês até o fim do Campeonato Paulista, com a certeza de que será aprovado e terá um contrato mais longo e com salário de titular de time grande, o que está muito perto de acontecer.

“Não faço plano para me aposentar. Eu me sinto como se tivesse 27, 28 anos e a minha preferência é ficar no Santos e ajudar na conquista de títulos”, disse Ricardo Oliveira, que reencontrou o caminho das redes nos últimos jogos e já soma quatro gols (um contra o Red Bull, dois contra o Botafogo de Ribeirão e um diante do Palmeiras).

Geuvânio, como Robinho, mantém-se como titular por ser um atacante raro de lado de campo, que dribla em velocidade, entra na diagonal e finaliza bem. “Caveirinha”, como é chamado pelos companheiros, ainda não repetiu o futebol que mostrou na fase de classificação do Paulistão do ano passado, mas figura sempre entre os melhores do time.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo