O Santos chegou à semifinal da Copa Libertadores da América, o que não ocorria desde 1965, e não quer perder a oportunidade de conquistar este torneio, que abre a perspectiva da disputa do mundial, em Yokohama, Japão. Para vencer o Independiente de Medellín, hoje, às 21h40, na Vila Belmiro, conta com o bom futebol que voltou a exibir nas últimas partidas, caracterizado por uma forte marcação e saída rápida para o ataque, além da qualidade de seu elenco. Foi assim que os santistas conquistaram o campeonato brasileiro do ano passado e o time começa a viver o mesmo clima de vitória. “O clima está bom, todos estão muito unidos e esperamos que tudo seja igual ao que foi no ano passado pois queremos esse título que o time não conquista há 40 anos”, disse o atacante Robinho, referindo-se à campanha de 2002.

O técnico Emerson Leão não vai mexer no time que venceu o São Paulo, domingo, pelo Brasileirão. Ele acha que a rotina dos adversários na Vila Belmiro vai se repetir, com forte retranca e saídas em contra-ataque. “Nós tivemos uma dificuldade muito grande quando jogamos aqui contra times estrangeiros e fora daqui tivemos mais facilidade”, disse o treinador.

O Santos voltou a fazer uma forte marcação ainda no campo do adversário, dificultando a saída de bola e favorecendo as jogadas rápidas de ataque. Foi assim que Robinho desarmou dois adversários no meio-de-campo, nos jogos contra o Internacional e o São Paulo, e fugiu rapidamente em direção ao gol, servindo companheiros bem posicionados dentro da área. Resultado: dois gols. O atacante comentou que “o professor Leão sempre diz que a marcação começa pelo ataque e todos estão se ajudando, um corre pelo outro”.

Robinho comentou as jogadas que proporcionaram os dois gols santistas. “Tive a felicidade de roubar as bolas e as jogadas resultaram em gol”, disse ele, esperando repetir a dose nesta quarta-feira contra o Independiente. “O campo da Vila Belmiro é pequeno e ajuda nesse tipo de jogada.” Diego dá a dimensão da ordem do treinador. “O mais importante, em primeiro lugar, é não tomar gol e, depois, fazê-los”.

Ele conta com o mesmo futebol solidário das últimas partidas para que o Santos consiga uma boa vitória para facilitar no jogo de volta. “Não podemos perder nossa ofensividade e temos de sempre buscar o gol, que uma hora ele sai.”

Se o atacante Robinho rouba bolas no meio-de-campo e parte em velocidade para o ataque, o zagueiro Alex tem encontrado espaço para ajudar no ataque, fazendo valer suas especialidades: os chutes de fora da área e a cobrança de faltas de longa distância. “Sempre que posso, procuro ajudar o ataque”, disse ele, lembrando que sempre foi cobrador de faltas por chutar muito forte. “Marquei cada gol quando jogava no Juventus”, comentou ele, na esperança de marcar logo mais um. “Ele está pintando e tomara que saia logo, de cabeça, de falta ou de fora da área, não importa.”

O volante e capitão Paulo Almeida destaca o grande revezamento dos jogadores santistas. “Mesmo sem bola, nosso time marca bastante e não deixa o adversário jogar.” E dá um exemplo. “O Robinho tem sido fundamental porque não deixa os laterais adversários jogarem; ele marca bastante.” Segundo Paulo Almeida “quando a marcação começa na frente, facilita bastante e a gente mais facilidade para acertar ali atrás fechar os espaços”.

Santos x Independiente

Santos: Fábio Costa; Wellington, Pereira, Alex e Léo; Paulo Almeida, Renato, Elano e Diego; Robinho e Fabiano. Técnico: Emerson Leão.

Independiente: González; Calle, Perea e Baloy; Vásquez, Cortés, Javier Restrepo, Jaramillo e Molina; Moreno e Montoya. Técnico: Víctor Luna.

Árbitro: Carlos Amarilla (PAR). Horário: 21h40. Local: Vila Belmiro.

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