Dirigentes do Santos se reuniram na manhã desta segunda-feira na Vila Belmiro para avaliar as consequências dos excessos cometidos via twitcam – serviço de transmissão em tempo real do Twitter – por Madson, Zé Eduardo, Felipe e outros reservas na noite de domingo, após a vitória sobre o Prudente. E a melhor solução encontrada foi afastar a hipótese de punições mais severas, que pudessem ter reflexo negativo a poucas horas da decisão da Copa do Brasil.
Depois do jogo, já no hotel em Presidente Prudente, os jogadores promoveram um chat com vídeo para os que quisessem acompanhar pela internet. Em dado momento, o goleiro Felipe, que perdeu a posição de titular para Rafael, foi chamado de “mão de alface” por um internauta. “Fera, o que eu gasto de ração com o meu cachorro é o que você ganha no mês inteiro”, respondeu o goleiro.
Alertados por Robinho e Neymar – que estavam concentrados em Santos e acompanhando tudo pelo vídeo – sobre os excessos, o atacante Zé Eduardo disse a Robinho: “Aí, Pedalada (apelido do atacante): quando você for embora do Santos ninguém vai sentir sua falta”.
“Não vai haver caça às bruxas. Uma puxada básica de orelhas resolve, mesmo porque não houve maldade. Vai ser uma bronca didática para que eles aprendam a lidar melhor com as mídias sociais”, disse nesta segunda o coordenador de comunicação do clube, Arnaldo Hase. Ele reconhece que faltou bom senso aos jogadores ao se exporem de forma desnecessária, mas considerou exagero a interpretação de que teria havido ofensa de Zé Eduardo a Robinho. “Eles brincam o tempo todo”, argumentou.
Esse foi apenas mais um problema disciplinar dos jogadores santistas nesta temporada. O que teve destaque maior até agora aconteceu na Semana Santa, quando os principais jogadores se recusaram a descer do ônibus diante de uma casa espírita para entregar ovos de Páscoa a crianças com paralisia cerebral.