Muricy Ramalho troca Ibson por Elano e exige que o Santos leve a sério o jogo contra o já rebaixado Catanduvense, neste domingo, às 16 horas, na Vila Belmiro, no encerramento da fase de classificação do Campeonato Paulista. O adversário, inclusive, pode até ser considerado o ideal para que o time conquiste a vitória na sua primeira partida após ter completado, no sábado, 100 anos de fundação.
Mas Muricy não quer saber de euforia, para que não se repita o apagão que o time teve diante do São Caetano, permitindo a derrota de virada no domingo passado. A preocupação pode parecer exagero do treinador, mas não é. Terceiro colocado, com 36 pontos ao lado do Guarani (de quem ganha no saldo de gols), e com Palmeiras (35) e Mogi Mirim (34) na cola, o Santos precisa da vitória neste domingo para se garantir entre os quatro melhores e, assim, entrar nas quartas de final com direito a jogar em casa.
O que Muricy teme é que, embora o Catanduvense seja o penúltimo colocado do campeonato, com apenas 13 pontos (teve duas vitórias, empatou sete e perdeu nove), os seus jogadores queiram deixar uma boa impressão na despedida, para despertar interesses de clubes da primeira divisão. E o treinador santista, apesar de admitir que o seu time tem condições de se impor dentro e fora de casa, dá grande importância à Vila Belmiro em jogos decisivos.
“No futebol, cada um usa o argumento que lhe convém. Eu não posso dizer que jogar em casa não é importante, porque ganhamos o Campeonato Paulista do ano passado na Vila Belmiro. Algumas pessoas querem tirar peso das costas do time, mas eu não. Acho importante ter essa pressão”, afirmou Muricy.
A semana santista foi de muita cobrança do treinador e forte preparação. “Aproveitamos muito bem esse semana sem jogo no meio. Antes não foi possível treinar porque só havia tempo para recuperação dos atletas entre um jogo e outro”, disse Muricy.