O gramado sintético do Estádio Elias Aguirre, em Chiclayo, no Peru, não impediu que o Santos vencesse o Juan Aurich por 3 a 1 na noite desta quinta-feira e assumisse a segunda colocação do Grupo 1 da Libertadores. Fucile, Paulo Henrique Ganso e Borges marcaram os gols do time brasileiro, que saiu perdendo, jogando mal, mas se recuperou e conseguiu a virada de forma convincente.

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Neymar não foi brilhante como na partida anterior da Libertadores, quando fez três gols no Internacional, mas participou ativamente do jogo. Até tentou dar um drible de carretilha, mas preferiu cavar a falta a completá-lo. O melhor santista, desta vez, foi mesmo Ganso, que fez um gol e deu uma assistência.

O resultado fez o Santos chegar aos mesmos seis pontos que já tinham Internacional e The Strongest (Bolívia). O time santista fica atrás dos gaúchos porque tem pior saldo de gols: cinco a três. Os peruanos, que não pontuaram ainda, seguem na lanterna.

O JOGO – O Santos demorou para achar a melhor forma de jogar no gramado artificial. Enquanto os jogadores de linha tentavam se entender no piso diferente, Rafael não teve tempo de adaptação. Logo teve que trabalhar. Aos 5 minutos, ele defendeu em dois tempos cobrança de falta de Valencia. No lance seguinte, espalmou chute forte de Tejada.

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Aos 14, Rafael não teve o que fazer. Tejada recebeu na área, girou fácil sobre Durval e bateu firme, sem a menor chance de defesa para o goleiro alvinegro. O gol adversário não intimidou o Santos, que começava a se encontrar no jogo. O empate veio aos 35, depois que Juan cruzou, Borges não alcançou, e Fucile pegou a sobra para marcar o seu primeiro gol com a camisa do Santos.

A virada sairia ainda no primeiro tempo, com Ganso. O meia bateu falta pela esquerda do ataque, tirando da barreira, e colocou rente à trave direita. O goleiro Penny, parecendo temer trombar com o poste, aceitou. Ganso só havia feito um gol na temporada até então.

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Inspirado, o meia quase fez o terceiro no começo do segundo tempo. E seria o “gol que Pelé não fez”. Penny saiu jogando errado e a bola caiu para Ganso. O santista arriscou do meio de campo, sem goleiro, mas mandou por cima.

O jogo já parecia na mão dos Santos quando Guadalupe recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso, aos 12 minutos. Aí tudo ficou ainda mais fácil. Até Borges encerrou a má fase. Ganso fez o que se espera dele, deu bela assistência de primeira, o atacante bateu na saída do goleiro e fez apenas o segundo gol dele no ano.

Nos minutos finais, Neymar decidiu aparecer. Quase deu um drible lindo de carretilha: chegou a encobrir o marcador, mas foi para o choque e caiu pedindo falta – o árbitro nada marcou. Aos 41, ele fez jogada individual na área e carimbou o travessão peruano.

FICHA TÉCNICA:

JUAN AURICH 1 X 3 SANTOS

JUAN AURICH – Penny; Guizasola, Guadalupe, Fleitas e Valência; Rojas, Quina, Cueto (Contreras) e Kahn; Zuñiga e Tejada. Técnico – Diego Umaña.

SANTOS – Rafael; Fucile, Durval, Edu Dracena e Juan; Henrique, Arouca, Ibson (Adriano) e Paulo Henrique Ganso; Neymar e Borges (Alan Kardec). Técnico – Muricy Ramalho.

GOLS – Tejada, aos 14, Fucile, aos 35, e Paulo Henrique Ganso, aos 39 minutos do primeiro tempo; Borges, aos 23 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO – Roberto Silvera (Uruguai)

CARTÕES AMARELOS – Guizasola, Fleitas, Valencia, Quina, Contreras, Fucile, Juan e Henrique.

RENDA E PÚBLICO – Não disponíveis.

LOCAL – Estádio Elias Aguirre, em Chiclayo, no Peru.