Santos sofre para ganhar do Atlético de Sorocaba

Se o Santos fosse comparado a uma escola de samba, certamente chamaria a atenção pela suavidade e harmonia entre suas alas. O campeão brasileiro, porém, por pouco não atravessou o samba, na partida com o Atlético, neste sábado à tarde, na passarela de Sorocaba. Tenso, com Robinho expulso no início do segundo tempo, ainda voltou para casa com vitória suada de 1 a 0, em gol decisivo marcado por Basílio, o abre-alas substituto, que entrou no lugar de Fábio Baiano. Com a quarta vitória em cinco rodadas, a equipe de Oswaldo de Oliveira continua invicta (13 pontos) e na briga pela liderança do torneio estadual.

O Santos foi dispersivo no sábado de carnaval e não teve evolução que encantasse o bom público que encarou o calor e ocupou grande parte das arquibancadas do Estádio Walter Ribeiro. Embora com sua força máxima e com a estréia de Tcheco para ocupar o espaço deixado por Elano, o melhor time da elite nacional em 2004 criou pouco, não ousou e errou passes acima da média. A cadência lenta fez com que o primeiro lance de emoção surgisse só aos 20 minutos, mas Deivid não soube aproveitar, no momento da conclusão, embora estivesse solto, sem marcação.

O Atlético deixou o respeito de lado, encarou o rival famoso e deu dois sustos, ambos com Fabiano, e de cabeça. O centroavante obrigou Mauro a fazer a melhor defesa do jogo aos 21 minutos; aos 28 desperdiçou cruzamento, ao subir sozinho. Entre essas duas jogadas do time da casa, houve uma bola na trave, aos 26, em chute de Ricardinho.

"Nos falta tranqüilidade, quando estamos perto da área do Atlético", detectava Oswaldo, no intervalo. O treinador pediu mais calma ao time e não foi atendido. Logo no reinício, Robinho irritou-se com Adãozinho, que tentava atingi-lo, e tratou de acertar-lhe uma cotovelada. O árbitro Anselmo da Costa entendeu que o santista teve comportamento mais desleal e o expulsou.

A temperatura subiu, as divididas tornaram-se mais ríspidas, porém o Atlético não soube aproveitar-se da saída do principal jogador do rival. O técnico Pintado – outro estreante do dia – pedia pressão, mas parecia falar para o vento, porque o ataque não incomodava mais Mauro.

O castigo veio aos 29 minutos. Leo fez o que quis, dentro da área, e tocou com perfeição para Basílio, que havia começado o segundo tempo no lugar de Fábio Baiano. O talismã só empurrou para o gol. Na seqüência, Bill foi expulso e o Atlético murchou de vez.

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