O Santos precisa da vitória contra o Botafogo, neste domingo, às 17 horas, pela 37.ª rodada do Campeonato Brasileiro, para interromper o jejum de nove jogos sem vencer – são seis derrotas e três empates seguidos – e diminuir um pouco o tamanho do fracasso do time na temporada. O jogo será o da despedida da Vila Belmiro em 2014 e o último antes da eleição do novo presidente.
O clima entre os jogadores passou a ser de desânimo após a queda na Copa do Brasil, agravada pelo atraso no pagamento dos salários e de direito de imagem e pela incerteza com relação ao futuro. A exceção é o técnico Enderson Moreira, que tenta em vão motivar os jogadores. “O jogador brasileiro é diferente e para ir bem precisa ter objetivo claro. Quando perdemos a Copa do Brasil, percebemos que o astral acabou naquele instante”, disse. “Os jogadores buscam se motivar, mas é difícil conseguir encontrar um objetivo para lutar por ele”.
Alguns dos mais importantes titulares não sabem se vão continuar no clube com a troca de comando. Inclusive Robinho, que depende da vontade do Milan, que tem o direito, por contrato, de interromper o empréstimo ao Santos para colocá-lo em outro clube para tentar salvar parte do investimento feito na sua compra. Como o Santos só vai disputar o Campeonato Paulista no primeiro semestre de 2015, Robinho talvez prefira mudar de ares para ganhar mais e receber em dia.
Um time inteiro fica sem contrato no dia 31 de dezembro e deve ser dispensado. Entre eles, há alguns jogadores que chegaram a ser titulares como Rildo, Jorge Eduardo, Vladimir (goleiro), Neto e Renato. Também há uma segunda lista permanente de jogadores que o clube pretende negociar com os nomes de Arouca, Mena, Thiago Ribeiro, do reserva de luxo Patito Rodríguez e, principalmente, de Leandro Damião, o “mico” de R$ 42 milhões do mandato-tampão de Odílio Rodrigues Filho.
Em compensação, os atacantes Gabriel e Geuvânio, o volante Alison, o meia Lucas Lima, o zagueiro Gustavo Henrique (passou o ano se recuperando de cirurgia no joelho) e o lateral-esquerdo Caju podem servir de base para o surgimento de um Santos reciclado, mais forte e competitivo em 2015.