Santos quer anular jogo com o Paysandu

O Santos vai tentar convencer a Justiça Desportiva a anular a partida em que perdeu por 2 a 1 do Paysandu, quarta à noite, em Belém, alegando ter sido prejudicado pela ausência de Preto nos três minutos finais. O zagueiro foi levado inconsciente para um hospital, após sofrer um golpe de cassetete na cabeça, deixando o seu time com apenas nove jogadores (Diego foi expulso aos 38′ do 1.º tempo). “Eu já tinha feito as três substituições e não pude pôr um outro jogador no lugar dele.

Além disso, o juiz não deu os acréscimos normais e a nossa equipe estava traumatizada em razão das agressões”, justificou Leão, ontem, após ter dito que não iria falar nada sobre os incidentes da noite anterior, no Estádio Mangueirão. “Estou envergonhado com tudo aquilo que aconteceu.”

O ferimento que Preto sofreu na cabeça não é grave. Depois de permanecer um bom tempo estendido desacordado em campo enquanto jogadores titulares, reservas e integrantes da comissão técnica continuavam batendo boca com os policiais na tentativa de pressionar o juiz Antônio Pereira da Silva (Fifa-GO) e seus auxiliares, o zagueiro foi levado ao Hospital Unimed, perto do Mangueirão, fez uma tomografia computadorizada da cabeça e recebeu três pontos para suturar o ferimento, sendo dispensado pelo médico Dário Silva, em seguida.

“Foi uma coisa covarde, porque eu não estava esperando aquilo”, contou Preto. Ele relatou que estava no meio de outros jogadores de seu time, quando um dos policiais, que admitiu não poder identificar, desferiu um violento golpe em sua cabeça, fazendo-o perder os sentidos. “É complicado depor nessas circunstâncias, mas só quero que a justiça seja feita”, pediu o jogador.

O delegado encarregado do caso, Osmar Lima, adiantou que está tentando identificar o autor da agressão para processá-lo por crime de lesão corporal. Ele, inclusive, já solicitou ao comando-geral da PM a apresentação do agressor.

O comandante do Batalhão de Choque da PM, major Heraldo, informou que já está ouvindo os policiais que estavam no estádio para saber o que de fato aconteceu. “Pelo que sei até agora, a agressão foi um ato isolado de um policial militar”, adiantou. Leão, que também registrou queixa contra os policiais, criticando-os. “Esses policiais são uns assassinos e incompetentes. Eles deveriam fazer isso com seus filhos e mulheres. É por causa disso que ninguém confia na polícia”.

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