Em sua quarta vitória no Campeonato Paulista, o Santos apresentou uma novidade tática. O técnico Jorge Sampaoli apostou em um esquema com a presença de três zagueiros – Luiz Felipe, Felipe Aguilar e Gustavo Henrique – e o time não perdeu força ofensiva, tanto que goleou o Bragantino por 4 a 1, fora de casa, na quinta-feira. Satisfeito, o treinador argentino avalia a possibilidade de repetir a estratégia no duelo com o Ituano, domingo, no Novelli Junior, pela quinta rodada do Estadual.
A opção tática de Sampaoli também se deu por desfalques. O Santos não contou com um dos seus meio-campistas titulares, o volante Diego Pituca, que estava suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Além disso, o centroavante Felippe Cardoso, que já havia sido reserva no clássico com o São Paulo, estava indisponível por lesão.
Sampaoli, então, promoveu a entrada de um terceiro zagueiro, Aguilar. E, por opção, sacou o lateral-esquerdo Orinho, escalando na ala o colombiano Copete, em função que já havia sido exercida pelo jogador com outros treinadores no Santos. Além disso, Arthur Gomes ganhou uma chance no ataque, com o venezuelano Yeferson Soteldo iniciando o duelo no banco de reservas.
“É uma possibilidade. Quisemos provar isso porque imaginamos a saída do rival estaria aberta com cinco jogadores. Fomos mudando a saída de jogo para gerar domínio. O rival, perdendo por 3 a 0, não saía de trás e a gente continuou atacando. Criamos oito chances no primeiro tempo sem um centroavante. Com a lesão do Felippe Cardoso, atuamos com jogadores sem essa presença de área”, afirmou o treinador.
Com quatro jogos à frente do Santos no Paulistão, Sampaoli vai se sentindo mais confortável para realizar testes no time. E ele indicou que isso poderá ser feito com mais constância na formação titular. “Buscamos as variações de acordo com as características do elenco”, acrescentou.