O Santos está afundado na crise e também na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Nesta quinta-feira, o time sofreu a terceira derrota consecutiva na competição ao perder para o Atlético Paranaense por 2 a 0, na Arena da Baixada, na conclusão da oitava rodada, aumentando a pressão sobre o técnico Jair Ventura.

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O jogo era um confronto direto contra a degola, sendo que o Atlético-PR, sem vencer desde a rodada inicial, se deu melhor, chegando aos nove pontos, na 13ª posição, dando um alívio ao técnico Fernando Diniz. Já o Santos segue com seis, na 18ª posição, só à frente de Ceará e Paraná, únicos times que venceu na competição.

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Além disso, ampliou marcas negativas: completou o quinto compromisso por torneios diferentes sem vitórias e atingiu o quarto duelo consecutivo sem marcar gols. E o Santos também perdeu os quatro jogos que fez como visitantes no Brasileirão.

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As marcas confirmam o péssimo momento do time e foram amplificados após mais uma atuação ruim do Santos. O sistema defensivo cometeu falhas nos dois gols do Atlético-PR, enquanto o ataque teve produção nula e atuação apática, exceto pela luta de Rodrygo. E o Atlético-PR, um time que tem como característica a valorização da posse de bola, definiu o seu triunfo em duas jogadas de bola parada, ambas com a participação do lateral-esquerdo Thiago Carleto, formado nas divisões de base do Santos.

Os times voltam a campo pelo Brasileirão no domingo. O Atlético-PR vai visitar o América Mineiro, no Independência, enquanto o Santos será mandante, na Vila Belmiro, diante do Vitória.

O JOGO – O início do jogo do Santos na Arena da Baixada até foi bom, com o time conseguindo neutralizar as ações ofensivas do Atlético-PR e, inclusive, tendo uma chance de gol, em cabeceio de David Braz após cobrança de escanteio de Jean Mota. Mas acabou sendo vazado em uma ação semelhante, aos 17, quando Carleto cruzou para Thiago Heleno, livre de marcação, cabecear para as redes.

O gol do Atlético-PR escancarou alguns problemas do Santos, que cometia falhas no seu sistema defensivo e encontrava dificuldades para superar o do adversário, que se fechava bem quando não tinha a posse de bola. Assim, Pablo deu trabalho a Vanderlei em um chute cruzado aos 25 minutos. E Nikão, que não foi acompanhado por Dodô, acertou o travessão em voleio após levantamento de Guilherme, aos 36.

O Santos retornou para o segundo tempo sem exibir força ofensiva e se complicou de vez aos oito minutos, quando Vanderlei falhou. Carleto cobrou falta, o goleiro bateu-roupa e Guilherme ficou com o rebote, empurrando a bola para as redes.

Com uma desvantagem ainda maior, restava ao Santos atacar. E o time até tentou, mas viu Gabriel desperdiçar boa oportunidade aos 16 minutos, quando foi colocado na cara do gol por Jean Mota, mas bateu por cima da meta adversária. E o atacante ainda teve um gol corretamente anulado por impedimento quase na sequência. Além disso, o técnico Jair Ventura promoveu a entrada de Bruno Henrique para dar mais ofensividade ao time.

Mas a tentativa de reação do Santos durou pouco. E o Atlético-PR passou a encontrar muitos espaços na defesa adversária, só não ampliando o placar porque Pablo e Carleto desperdiçaram boas oportunidades. E após falhar no segundo gol, Vanderlei mostrou serviço aos 35, quando fez três defesas no mesmo lance, em chutes de Carleto, Nikão e Lucho González.

FICHA TÉCNICA:

ATLÉTICO-PR 2 X 0 SANTOS

ATLÉTICO-PR – Santos; Wanderson, Thiago Heleno e Zé Ivaldo; Matheus Rossetto, Camacho, Lucho González (Bruno Guimarães) e Thiago Carleto; Nikão (Bergson), Guilherme (Raphael Veiga) e Pablo. Técnico: Fernando Diniz.

SANTOS – Vanderlei; Victor Ferraz, David Braz, Lucas Veríssimo e Dodô; Diego Pituca (Léo Cittadini), Renato (Bruno Henrique) e Jean Mota; Rodrygo (Yuri Alberto), Eduardo Sasha e Gabriel. Técnico: Jair Ventura.

GOLS – Thiago Heleno, aos 17 minutos do primeiro tempo; Guilherme, aos oito minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO – Savio Pereira de Sampaio (DF)

CARTÕES AMARELOS – Thiago Carleto (Atlético-PR); Bruno Henrique (Santos).

RENDA – R$ 181.655,00.

PÚBLICO – 9.173 torcedores.

LOCAL – Arena da Baixada, em Curitiba.