Santos perde mais três mandos de campo

Rio – O Santos foi novamente punido pela Justiça Esportiva, com perda de mando de campo por três jogos. Desta vez a decisão coube à 4.ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e decorreu de incidentes ocorridos na partida contra o Goiás, dia 14 de novembro, em Presidente Prudente. Na quinta-feira, o clube santista havia perdido outros três mandos de campo, em sentença do tribunal pleno do STJD, por causa da ‘falta de prevenção’ para evitar distúrbio em confronto com o Corinthians, em 6 de outubro, na Vila Belmiro.

Se a punição de ontem for confirmada em segunda instância, o Santos vai ter de cumprir a maior parte da pena no Campeonato Brasileiro de 2005: em quatro partidas terá de trocar a Vila Belmiro por um estádio a pelo menos 150 quilômetros da cidade de Santos.

Do total de seis jogos longe de casa que vai ter de disputar, dois já estão programados: contra Grêmio, dia 5, e com o Vasco, dia 19. A nova pena ao Santos foi motivo de polêmica no plenário da 4.ª Comissão. A defesa do clube alegou que o torcedor Claudemir Francisco fora detido logo após arremessar uma garrafa de refrigerante no gramado, em Presidente Prudente, e, por isso, pediu a absolvição do Santos.

Os auditores da comissão levaram em consideração o fato de o policiamento no estádio ter agido rapidamente para localizar e deter o torcedor. Já estavam decididos a livrar o Santos da punição, quando o presidente da comissão, Luiz Tavares Meyer, pediu a palavra para refazer seu voto.

Ele disse que acabara de ler, anexado ao processo, o boletim de ocorrência da Polícia, em que o torcedor relatava ter também atirado em campo uma pedra de gelo. "Sendo assim, eu responsabilizo o Santos por não ter impedido que alguém chegasse à arquibancada com uma pedra de gelo", disse Meyer. Minutos depois de ter votado pela absolvição do clube, ele voltou atrás e se disse favorável à punição de perda de mando de campo por três partidas.

Além disso, aplicou multa de R$ 96 mil ao Santos. Os outros auditores, José Alberto Diniz e Juliana Siqueira, acompanharam o presidente da sessão.

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