Santos encara Goiás em jogo de alto risco para técnico

O Santos precisa da vitória contra o Goiás, nesta quinta-feira, às 19h30, no estádio Serra Dourada, em Goiânia, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro, para se reabilitar da derrota, como mandante, diante do Atlético Mineiro, no último domingo, na Arena Pantanal, em Cuiabá. O jogo é de risco para o técnico Oswaldo de Oliveira, cujo trabalho vem sendo questionado por conselheiros e dirigentes e que até pode ser demitido em caso de novo resultado negativo. Nos cinco primeiros confrontos, o time perdeu um, empatou três e venceu apenas um, com aproveitamento de 40%.

Oswaldo de Oliveira rebateu, após o treino desta quarta, no CT Rei Pelé, as críticas que recebeu do vice-presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Henrique Fonseca Filho, na reunião do órgão para votar as contas de 2013, na última segunda. “Às vezes as pessoas pegam carona para aparecer um pouco. Estou tranquilo com questão de pressão e questionamentos. Meu trabalho está aqui (no CT) e todo mundo elogiou. Era oswaldia, não sei o que, e agora é motivo de crítica. Eu continuo fazendo trabalho da mesma maneira, os jogadores às vezes não se comportam como a gente quer, e dirigente também. Às vezes é verde, outras, amarelo”.

Sobre a declaração do presidente Odílio Rodrigues, de que o time caiu de produção já nas quartas de final do Campeonato Paulista, Oswaldo de Oliveira lembrou que naquela fase o Santos derrotou a Ponte Preta por 4 a 0 e nas semifinais ganhou de virada por 3 a 2 do Penapolense, ambos na Vila Belmiro. “Qualquer coisa, eu sei o caminho de casa”, disse o treinador, irritado, após a coletiva de imprensa. Ele disse que o Santos que foi prometido para ele durante as negociações para a sua contratação tinha Vargas e Montillo, entre outros jogadores de ponta.

Oswaldo de Oliveira e Santos não falam a mesma língua desde os dias que antecederam as finais do Campeonato Paulista. O treinador ficou descontente com a direção por ter concordado com a marcação dos dois jogos contra o Ituano para o Pacaembu. Seu argumento foi de que trabalhou para que o time terminasse em primeiro a fase de classificação para decidir o título em casa e que o esforço foi inútil.

Agora, Oswaldo de Oliveira se queixa de ter ficado sem a Vila Belmiro para os jogos contra o Atlético Mineiro – o mando foi vendido pela direção por R$ 1,2 milhão -, Flamengo (neste domingo, no Morumbi) e Criciúma (no dia 1.º de junho, no estádio Primeiro de Maio, em São Bernardo do Campo).

Por outro lado, a direção ainda não digeriu o fracasso do time na decisão do Paulistão contra o Ituano e está incomodada com o fraco início de Brasileirão que poderá comprometer o desempenho do candidato da situação (a ser definido) nas eleições presidenciais de dezembro.

Com relação ao time, Renato, finalmente registrado pelo Santos na CBF, vai reestrear 10 anos depois de deixado o clube em meio à campanha da conquista do último título brasileiro, em 2004. O volante de 35 anos será o substituto de Alan Santos (voltou a sentir a lesão na coxa) e formará a dupla com Arouca. “Eles vão se revezar. Quando um fica, o outro se adianta para armar o jogo e encostar nos atacantes”, explicou Oswaldo de Oliveira.

Jubal, dispensado da seleção brasileira sub-21, que vai disputar o Torneio de Toulon, será o companheiro de Neto na zaga. Após cumprir suspensão, Cicinho retorna à lateral direita e o titular na esquerda será o garoto Zé Carlos, em razão da convocação de Mena para defender o Chile na Copa do Mundo. Geuvânio ocupará a vaga de Thiago Ribeiro, que só deve voltar a jogar em julho.

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