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Belém (AE) – O técnico Vanderlei Luxemburgo elegeu os dois maiores adversários do Santos na partida contra o Paysandu hoje à tarde: o horário, 15 horas no Pará (16h de Brasília), e o forte calor. Ele reconhece que o time paraense vai saber explorar essas duas vantagens, além de ter ao seu lado uma torcida fanática e que grita o tempo todo incentivando o time da casa.

A fórmula contra tudo isso é muita calma para saber trabalhar a bola e chegar ao gol adversário. "É um jogo decisivo para as pretensões do clube em chegar ao título nacional", disse Luxemburgo, pedindo aos jogadores "muita seriedade" dentro de campo.

Essa preocupação foi por ele diversas vezes manifestada durante o treino em Belém. Os jogadores de meio-campo chegaram a ser advertidos até de forma ríspida pelo treinador. "Tem que jogar feio quando for preciso, se não os caras vem para cima da gente", orientou Luxemburgo.

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O conselho: o time não pode nem deve "jogar bonitinho".

O esquema para a partida será o 3-5-2, deixando Deivid e Basílio mais soltos no ataque. Na zaga, a ausência mais sentida foi André Luís, que treinou entre os reservas. Pode ter sido uma estratégia para despistar a imprensa local. Ávalos assumiu a posição ao lado de Leonardo e Antônio Carlos. O objetivo de treinar sob o sol forte de Belém foi frustrado. O ônibus que conduzia a delegação santista experimentou um grande engarrafamento na saída de Belém e só chegou ao local do treino, um sítio do deputado estadual Martinho Carmona, por volta das 17 horas.

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Sempre criticando o horário da partida (15 horas locais, e 16 de Brasília), o treinador santista brincou: "Vamos entrar em campo com um saquinho de gelo na cabeça". Sobre a perda do mando de campo, apenas lamentou. Para ele, time que pretende ser campeão brasileiro deve estar preparado para encarar situações desse tipo. "Isso prejudica muito o espetáculo. Infelizmente, ainda há torcedor mal-educado, que joga pedra para dentro do gramado."

Santos – Mauro; Flávio, Ávalos e Antônio Carlos; Leonardo, Fabinho, Zé Elias, Ricardinho e Léo; Basílio e Deivid. Técnico – Vanderlei Luxemburgo.

Paysandu anuncia prêmio por vitória

Carlos Mendes

Belém (AE) – Sem fazer gol a cinco jogos e a apenas quatro pontos da zona de rebaixamento, o Paysandu enfrenta o Santos pressionado por sua apaixonada torcida a arrancar uma vitória em partida com sabor de seis pontos. A diretoria do Papão colocou à venda 45 mil ingressos. A previsão é de que todos sejam vendidos. E, para motivar o elenco, prometeu pagar "bicho" pelos três pontos. O pagamento de prêmio foi a solução encontrada para esfriar a insatisfação de alguns jogadores, que reclamam de salários atrasados. O valor não foi revelado.

"O time sabe que não será fácil ganhar do Santos. Os jogadores já foram avisados de que qualquer falha poderá ser fatal", preveniu o treinador Vagner Benazzi. Ele chamou a atenção do meio-campo para a pegada do adversário, lembrando que a batalha de hoje poderá ser decidida a favor de quem falhar menos. A defesa deve ficar atenta às jogadas em profundidade para David e Basílio.

"Outra recomendação foi a da saída rápida para o ataque. Os meias Alexandre e Jobson, acostumados a prender a bola, receberam ordens para "soltar" o jogo. A maior preocupação é com o ataque, que tem sido de uma incompetência total. Falta pontaria nos homens de frente. "Tem que chutar e chutar certo, na direção do gol", recomendou Benazzi. A dupla de ataque cotada para começar a partida, Borges e Zé Augusto, treinou muitos chutes a gol. Errou mais que acertou. "Na hora da partida será diferente", promete Zé Augusto.

O zagueiro Dênis, cotado para substituir Júlio Santos, expulso contra o Criciuma, reclamou de desconto em seu salário e quase rescinde contrato. Após conversa com o presidente Arthur Tourinho, que prometeu cancelar o desconto, decidiu permanecer no clube. O volante Jairo, punido com três amarelos, será outro desfalque importante. Ele será substituído por Lecheva.

Paysandu – Alexandre Fávaro; Maurinho, Dênis, Alex Pinho, Alonso: Sandro, Lecheva, Alexandre, Jobson; Borges e Zé Augusto. Técnico – Vagner Benazzi.