Hoje, às 16h, na Vila Belmiro, a briga é na parte superior da tabela. Vale a liderança do Paulistão, a vantagem na fase decisiva e a supremacia no futebol paulista. O clássico entre Santos e São Paulo, a dupla mais vitoriosa do Estado nos últimos anos, já ofuscou até o tradicional Palmeiras x Corinthians, ultimamente um duelo de esfarrapados.
?Não é tanto pela rivalidade, mas os dois times estão bem preparados há alguns anos?, declarou o técnico Muricy Ramalho, reconhecendo a superioridade do San-São, apesar da menor tradição. ?Faz tempo que os dois estão bem, enquanto as outras rivalidades caíram um pouco. Sem contar que têm feito grandes clássicos nos últimos anos?, completou.
Anos-luz à frente dos concorrentes paulistas, Santos e São Paulo comprovam isso no Paulistão 2007. Os dois brigam ponto a ponto pela liderança do Estadual e já mostraram que dificilmente deixarão o título para outro time. Até o momento, a vantagem é do Peixe por um ponto: 31 a 30.
O meia Cléber Santana, vice-artilheiro do Paulista com nove gols, reconhece a grandeza do duelo, mas recusa qualquer vantagem do seu time.
Foto: Alan Costa Pinto |
Rogério Ceni, uma das atrações da constelação tricolor. |
?Não tem favoritismo. São duas grandes equipes que vivem um momento muito bom. É um jogo decisivo e muito difícil, daqueles que são decididos nos detalhes?, analisou.
Muricy age da mesma forma, até com mais humildade que o rival. ?Atualmente tem que jogar muito bem para ganhar do Santos. Tem que ir muito bem, principalmente na parte tática e no aspecto individual?, afirmou.
Tanta cautela só reforça a preocupação dos dois lados de não subestimar o rival. Na verdade, nada mais é do que uma estratégia para tentar conquistar a vantagem psicológica. Para isso, os treinadores diminuem a importância de uma vitória ou o impacto de uma derrota, dando um pouco de paz aos jogadores. ?Ainda jogamos contra o Noroeste, que é uma viagem longa, e contra o Ituano, num campo difícil. O clássico não define o campeonato, ainda tem semifinal e final depois?, disse Luxemburgo.
Diferente das palavras, as atitudes dos comandantes mostram que o clássico vai determinar o futuro dos dois times no Paulistão.
De olho na vitória, tanto Luxa quanto Muricy pouparam jogadores importantes ao longo da semana.