Santos ? AE

As equipes do Santos e do São Caetano ficaram devendo futebol no empate por 1 a 1, ontem à tarde, na Vila Belmiro. O jogo ficou concentrado no meio-de-campo e os dois ataques foram dominados pelas defesas, na segunda rodada do Campeonato Paulista. Apenas nos 15 minutos finais da primeira etapa, a partir do momento em que Fábio Santos fez 1 a 0, aos 33, houve lances de emoção.

Para um time que pretende pôr fim à fila de 20 anos por um título paulista, o Santos teve pouco audácia na partida. O técnico Émerson Leão, supervalorizando a qualidade do adversário, optou pela escalação de Daniel, que é volante, em vez de Jerri, que joga mais avançado, cria para o ataque e tem bom aproveitamento nas finalizações.

O São Caetano entrou em campo com o propósito de primeiro não perder para depois tentar a vitória. Segurou os laterais e deixou o bom Triguinho isolado, enquanto Somália era neutralizado sem dificuldade por André Luís e Pereira. Inexplicavelmente, nem Marcinho, que produz mais jogando como meia ofensivo, encostou nos atacantes. Dessa forma, nem bem o jogo começou, e a impressão que se tinha era de que o resultado final seria empate sem gols.

Da mesma forma que o adversário, o Santos primeiro procurou bloquear o setor de criação do adversário do que sair em busca do gol, embora estivesse jogando em casa. Deixar que Robson e Basílio resolvessem todos os problemas lá na frente é querer demais. O mínimo que se esperava é que Leão colocasse Jerri desde o início e adiantasse Renato para trabalhar as jogadas na frente e dar o passe final, compensando a dependência que a equipe tem de Diego e Robinho.

Quando tudo indicava que o primeiro tempo caminhava para um final sonolento, aos 33 minutos, Fábio Santos recebeu de Marcelo Mattos, passou entre dois adversários e se aproveitando do descuido da marcação, disparou em chute, sem defesa, contra Júlio Sérgio, fazendo 1 a 0.

Nem houve tempo para comemoração. Logo após a à nova saída, Marco Aurélio trabalhou a bola com Claiton pelo lado direito e levantou na medida para Basílio empatar, de cabeça. “Fiz muitos gols contra o Santos e hoje, felizmente, foi a favor”, comemorou o atacante de 31 anos. “Ainda bem que o gol saiu na hora certa porque o São Caetano é um adversário forte e poderia nos complicar.”

Com o empate, o Santos deu a falsa impressão de que havia resolvido tomar a iniciativa no jogo, mas ficou apenas na ameaça. Aos 42 minutos, na jogada mais bonita da partida, Léo deu um chapéu em Mineiro e, na queda da bola, chutou de esquerda, dentro da pequena área, obrigando Sílvio Luís a fazer a sua melhor defesa. Um minuto depois, Preto chutou de longe e o goleiro do São Caetano voltou a brilhar.

No segundo tempo, os dois times se limitaram a evitar o sucesso do adversário, sem se preocuparem em buscar a vitória. O São Caetano atacou mais, porém sem ameaçar. Leão ainda tentou surpreender no final, colocando Jerri, no lugar de Preto, e o garoto Luizinho, no de Robson, em campo. Mas o time não reagiu.

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