Santos e Palmeiras buscam ponta e moral no mata-mata

Para muitos torcedores, Palmeiras e Santos fazem neste domingo, na Vila Belmiro, uma prévia da final do Campeonato Paulista. Os dois times, que brigam para ver quem fica com a melhor campanha no Estadual, são os principais candidatos ao título e vão a campo dispostos a provar isso.

As duas equipes passaram a semana em clima de decisão, sem esquecer de fazer uma ressalva. “Perder não significa o fim do mundo”, disse o palmeirense Marcelo Oliveira, em declaração que se encaixa aos dois times. Mas, psicologicamente, o vitorioso deste domingo sairá de campo muito forte na disputa pelo título.

A expectativa é de muitos gols na Vila. Estarão em campo os dois times de melhor ataque no campeonato. O Palmeiras marcou 26 gols, balançou a rede em todas as partidas e deu uma goleada – 4 a 1 sobre o Atlético Sorocaba. Já o Santos fez 5 a 0 no Bragantino, 5 a 1 no Corinthians, 5 a 2 no Mogi Mirim e 4 a 1 no Oeste e marcou 37 vezes.

“Vamos jogar da mesma maneira que estamos jogando, principalmente dentro da Vila. Vamos jogar atacando, procurando fazer gols, independentemente de ser um clássico. Vamos para cima, sufocando o Palmeiras”, avisou Thiago Ribeiro.

O discurso no lado do Palmeiras não é muito diferente. “Nossa equipe está muito madura. Será um jogo equilibrado, vamos enfrentar dificuldades pela qualidade da equipe e do treinador, mas o Santos não é um bicho de sete cabeças”, avisou Alan Kardec.

Os treinadores sabem que se partirem para o ataque como loucos serão surpreendidos, pois ambas as equipes possuem contra-ataques bastante eficientes. Por isso, uma dose de cautela é fundamental.

Oswaldo de Oliveira admite que conter Valdivia é um dos pontos importantes, mas lembra que o time rival é muito mais do que o chileno. “O Palmeiras fez contratações fundamentais como o Lúcio, alguns jogadores do meio e do ataque. O Valdivia é o maestro do time, mas não é a nossa única preocupação.”

No Palmeiras, Kleina mantém a tradição de encher todos os adversários de elogios. “Eles têm um ataque irreverente e jogadores experientes, como Leandro Damião e Thiago Ribeiro. Será um jogo complicado”, ressaltou.

As formações das equipes mostram que existe um respeito mútuo. Kleina não fez mistério e deixou claro que tentaria levar a campo praticamente o que tem de melhor. Porém, neste sábado o goleiro Fernando Prass foi liberado da partida para resolver problemas particulares, segundo informou o clube. Ele fará companhia ao lateral Wendel e ao zagueiro Wellington, que receberam o segundo cartão amarelo diante da Ponte Preta, sábado passado, e serão poupados. A única exceção é Mendieta, que vai para o jogo mesmo pendurado, já que não vem sendo titular da equipe.

Os desfalques palmeirenses não param por aí. O volante França sentiu um incômodo na panturrilha esquerda e também não vai para o jogo, assim como o lateral Bruno Oliveira, que se recupera de dores musculares. A boa notícia fica por conta da volta de Marcelo Oliveira, que cumpriu suspensão diante da Ponte Preta. Sem França à disposição, Marcelo deve atuar na sua posição de origem, como volante, e não mais na zaga, como estava inicialmente previsto.

“Vencer é bom porque faz a gente concretizar o primeiro objetivo, que é a liderança. Por isso, temos que manter o ritmo das últimas partidas e sinto que a equipe está motivada e preparada para as decisões”, avisou o treinador palmeirense.

AROUCA FORA – Oswaldo de Oliveira divulgou neste sábado a lista de 22 jogadores relacionados para o clássico e não incluiu o volante Arouca, que será poupado pela comissão técnica.

Arouca sofreu uma lesão no joelho esquerdo no último domingo, no empate do Santos por 3 a 3 com o Rio Claro, após um adversário cair sobre ele. Assim, ele precisou realizar tratamento fisioterápico durante a semana no Cepraf. Nos últimos três dias, fez apenas trabalhos físicos à parte no gramado do CT Rei Pelé.

Cicinho, Mena e Jubal são os pendurados no Santos. Caso Oswaldo decida poupá-los, os substitutos seriam, respectivamente, Bruno Peres, Emerson Palmieri e David Braz.

Além do jogo, que promete ser muito equilibrado, fica a expectativa para a presença de torcedores. Na sexta-feira, todos os ingressos destinados para os santistas já tinham sido vendidos. Para os palmeirenses, apenas uma parte (não se sabe quanto) foi comercializada até que torcedores invadissem a sede do Avanti, programa de sócio-torcedor, depredassem o local e destruíssem o sistema de vendas.

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