Santos – O Santos corre para contratar alguns jogadores que vinha observando no campeonato paulista e hoje três reforços deverão ser anunciados: os atacantes Luciano Henrique e Fabiano, do Atlético Sorocaba, e o meia-atacante Danilinho, do América de Rio Preto e que defendeu o Santos B no ano passado. Os santistas querem também Frontini, do Marília, mas o acerto está mais distante. Os últimos detalhes estão sendo tratados antes do anúncio oficial.
A diretoria procurava jogadores mais conhecidos para reforçar a equipe no Brasileiro, tendo cogitado na contratação de Giovanni, França e Marcinho. O problema principal é o custo dessas aquisições. ?Repatriar um atleta custa muito caro?, disse um dirigente e a busca é por alternativas no mercado nacional. Marcinho é um interesse antigo e o que atrapalha é o preço pedido pelo São Caetano, longe das possibilidades do Santos. Mas Giovanni poderá chegar no fim de maio, já que sua prioridade é retornar à Vila Belmiro, onde foi revelado.
Se a movimentação de chegada é grande, a de saída é uma preocupação futura do Santos. A principal incógnita é a permanência ou não de Robinho: enquanto o presidente Marcelo Teixeira quer mantê-lo até pelos menos o final do ano, o jogador começa a mostrar vontade de sair para jogar no Real Madrid, seu sonho maior.
Outra situação preocupante é a de Deivid, que tem contrato só até o final de junho e o Bordeaux já demonstrou que tem vontade de aproveitar a valorização do jogador com a conquista do Brasileiro para recuperar o investimento que fez. Mesmo assim, os santistas estão confiantes numa negociação para manter o atacante e contam com a vontade do atleta em ficar na Vila Belmiro.
Santos encara Danubio e o campo ruim
Montevidéu – O Santos quer um bom resultado hoje, às 21h45, contra o Danubio, em Montevidéu, no Uruguai, para ter tranqüilidade para conquistar uma vaga na próxima fase da Copa Libertadores. Os adversários, porém, são vários: é um time perigoso, que pressiona muito no início do jogo e tem nas jogadas aéreas sua principal força. E, após o reconhecimento do Estádio Luiz Franzini, sentiram que terão uma dificuldade adicional na partida: ?o campo é pior que o Ulrico Mursa?, comentou um jogador.
?É o campo propício para o futebol que eles pretendem praticar?, disse o técnico Gallo, que viu os jogos do Danubio. ?Eles têm um centroavante alto e alçam a bola na área para ele marcar de cabeça.? Gallo chamou a atenção de seus jogadores para um dos laterais, que coloca a bola no meio da área usando as mãos.
Mesmo com todos esses problemas, o treinador santista conta com um bom resultado nesse jogo, ?pois numa competição equilibrada como essa, é fundamental conseguir pontos fora de casa para conseguir a classificação?.
Essa é a última oportunidade do Santos, que perdeu os dois jogos disputados na casa dos adversários, já que essa fase da Libertadores será encerrada com o jogo contra o Bolivar na Vila Belmiro. ?O efeito altitude já passou para nós e os adversários perderam esse importante aliado?, disse Gallo, que mantém uma dúvida no meio-de-campo, devendo optar entre Zé Elias e Rossini. É mais provável que ele escale o time com três volantes, avançando mais Zé Elias.
Ontem, o jogador viu o campo em que o jogo será disputado e não gostou nem um pouco. ?É difícil acreditar que jogo de uma competição tão importante seja disputado num estádio desses, mas temos de nos acostumar?, comentou.
O Estádio Luiz Franzini tem capacidade para 12 mil torcedores, que ficam muito próximos dos jogadores, separados por um muro baixo. Os vestiários são modestos e o gramado tem buracos e desnível. A justificativa para a escolha é que o estádio do Danubio é mal localizado, na periferia de Montevidéu, mas há comentários de que isso foi uma retaliação ao fato de os santistas só permitirem um treino de quinze minutos dos uruguaios na Vila Belmiro.