La Paz – O Santos perdeu a invencibilidade em 2005. O time não conseguiu resistir aos 3.600m de altitude de La Paz e ao sprint nos últimos minutos dos bolivianos. Derrota na sua estréia pelo grupo 2 da Libertadores da América para o Bolívar por 4 a 3. O destaque negativo foi a atuação fraca do goleiro Henao. O argentino Zermatten marcou três gols para o Bolívar.
Logo no primeiro minuto, gol do Bolívar. O canhoto meia argentino Zermatten cobrou falta da lateral direita. Henao, que atuava no lugar de Mauro, falhou ao colocar apenas dois jogadores. Atrapalhado por atacantes bolivianos que tentavam alcançar a bola, não teve tempo de reação quando a bola foi chutada na sua direção: 1 a 0 Bolívar.
O Bolívar continuou melhor explorando a sua adaptação natural à altitude de La Paz. Eles tinham noção que a bola mais leve e mais rápida nos 3.600m e chutavam e cruzavam de qualquer distância. Henao falhava seguidamente e por sorte o placar não foi ampliado.
Para castigar os bolivianos que desperdiçaram vários gols, tomaram o empate. Em uma bola simples cruzada da intermediária, Sanches falhou e deixou Basílio livre para chutar. O zagueiro se recuperou e conseguiu travar o chute, só que a bola sobrou para Deivid chutar forte para as redes: 1 a 1. Com o gol e melhor adaptado à altitude, o Santos melhorou. Robinho, muito marcado, era parado aos pontapés.
Os brasileiros no segundo tempo, continuaram se ressentindo da falta de força física para correr nos contragolpes e de um articulador cerebral. Ricardinho, contundido, só deve voltar aos gramados na próxima semana. A partida, que começou equilibrada, trouxe um grande susto ao Santos. Graças a uma desatenção da zaga – Domingos deu muito espaço – Zermatten teve espaço para chutar forte cruzado e fazer 2 a 1.
Porém, a instável defesa do Bolívar voltou a contribuir. Pachi deu uma entrada perigosa colocando o pé alto demais em Robinho. Falta em dois lances dentro da grande área. Robinho rolou a bola para Deivid chutar com raiva, empatando novamente o jogo, aos 11 minutos.
Oswaldinho tirou Tcheco e colocou o zagueiro Leonardo e ainda trocou o efetivo Deivid para colocar Rossini. Com mais espaço, o Bolívar voltou a pressionar o Santos nos momentos finais e fez dois gols. O iluminado Zermatten pegou rebote do travessão e fez 3 a 2. Dois minutos depois, Cabrera chutou de fora da área e marcou 4 a 2. Robinho ainda teve espaço para, em um esforço individual, disparar desde a intermediária com a bola dominada e descontar na saída de Machado: 4 a 3. Mas não houve tempo para evitar a derrota.
Ficha Técnica
Bolívar: Machado, Pachi, Sandy, Sanches e Colque; Pizarro, Angulo, Galindo e Zermatten; Cabrera e Andaveris. Técnico: Vladimir Soria. Santos: Henao, Paulo César (Flávio), Domingos, Ávalos e Léo; Fabinho, Bóvio, Tcheco (Leonardo) e Robinho; Basílio e Deivid (Rossini). Técnico: Oswaldo de Oliveira. Gols: Zermatten, 1 min; Deivid, 24? do 1.º tempo; Zermatten, 7?, Deivid, 11?, Zermatten, 40?, Cabrera, 42? e Robinho, 45? do 2.º. Árbitro: Carlos Torres (PAR). Cartões amarelos: Pizarro, Deivid, Paulo César e Zermatten. Local: La Paz.