O Santos vai tomar os caminhos previstos em lei no caso do goleiro Aranha, após as ofensas racistas sofridas na noite de quinta-feira, durante a partida contra o Grêmio, em Porto Alegre, pela Copa do Brasil. Juridicamente, seguirá por duas vias: esportiva e criminal.
Nenhuma das ações, a direção santista deixa claro, diz respeito a uma acusação contra o Grêmio. De acordo com o advogado do Santos, Cristiano Caús, a atitude ofensiva, chamando o goleiro de “macaco”, partiu de uma minoria que não representa o clube gaúcho.
Aranha foi orientado a fazer um Boletim de Ocorrência numa delegacia em Porto Alegre, para registrar o ocorrido. Esse documento servirá para conduzir o caso na esfera criminal. O primeiro passo é identificar as pessoas que praticaram o crime.
“Não é o Santos fazendo algo contra o Grêmio. Cada cidadão tem o direito de se defender. Isso é uma resposta à polícia, ao direito penal. O caso vai correr naturalmente porque já ficou público”, explicou o advogado do clube paulista, em entrevista à ESPN Brasil.
Na parte esportiva, o Santos também não terá de se mexer muito para que o caso seja julgado. A notícia das ofensas raciais já chegou ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Os promotores viram as imagens de tevê que mostram os insultos e devem oferecer denúncia nos próximos dias. Se condenado, o Grêmio pode perder o mando de até dez jogos ou ter de atuar com portões fechados.