O Santos deve perder Neymar, Paulo Henrique Ganso e o goleiro Rafael por até nove jogos do Campeonato Brasileiro, enquanto o trio estiver a serviço da seleção brasileira em Londres. Para amenizar o prejuízo, a diretoria pensa em pedir à CBF o adiamento de algumas dessas partidas para depois da Olimpíada.
A ideia será levada à reunião de amanhã do comitê gestor do clube e pode virar um pedido oficial. A diretoria não detalha quais partidas podem ter o pedido de adiamento.
“É uma proposta que busca um equilíbrio”, afirma o vice-presidente Odílio Rodrigues Filho. “Nunca é ideal [mexer no calendário], mas a gente valoriza o campeonato, e em alguns jogos, a gente pode mexer. É só uma sugestão.” Os cartolas buscarão também não sobrecarregar os atletas com o acúmulo de jogos nos meses após a Olimpíada, reclamação frequente dos treinadores do Brasil.
Mano Meneses fará a convocação da seleção olímpica no dia 6 de julho. Dois dias depois, os jogadores devem se apresentar para uma semana de treinos do Brasil. A viagem à Europa seria no dia 16. O Santos pedirá a liberação de seus jogadores pelo menos para disputar a partida contra o Internacional, marcada para um dia antes da viagem.
A final do torneio de futebol da Olimpíada será no dia 11 de agosto. Se o Brasil chegar até lá, Neymar, Ganso e Rafael terão desfalcado o Santos por nove jogos, contando o duelo contra o Atlético-GO, marcado para o dia 12 de agosto.
O Santos inaugurou a mais recente onda de pedidos de adiamento no ano passado quando pleiteou –e conseguiu– que a CBF mexesse no calendário do Brasileiro para que o time se concentrasse nas finais da Libertadores, torneio do qual seria campeão. Em 2012, o Corinthians se aproveitou do precedente e também solicitou adiamento de seus jogos enquanto disputa a final do torneio continental.
Mas a vontade santista pode esbarrar numa polêmica recente. Santos e CBF entraram em rota de colisão após o presidente alvinegro Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro sugerir que as convocações de Mano Menezes favoreciam o Corinthians na semifinal da Libertadores contra o Santos. O cartola se indispôs com o diretor de seleções Andres Sanchez e com o próprio técnico Mano Menezes.
