Santos cede empate para Verdão na Vila

Entre jogadores e comissão técnica do Palmeiras, uma coisa era unanimidade: quando a equipe acabasse com a série de jogos sem vitória, iria espantar a crise. Desencantou contra o Paysandu e ontem, mesmo atuando boa parte com um jogador a menos, mostrou muita garra e brio para conquistar um ponto diante do Santos, na Vila Belmiro, ao empatar nos últimos minutos: 1 a 1, gol de Arce. Contudo, o grande responsável pela igualdade foi o goleiro Marcos. Não fosse sua excelente atuação – pelo menos seis defesas com o atacante cara-a-cara -, sua equipe deixaria o campo goleada.

Se mostrou fibra e determinação para salvar um derrota que parecia inevitável, o Palmeiras ainda precisa melhorar bastante. O futebol é muito aquém ao que uma equipe grande pode apresentar e os jogadores ainda estão bastante abalados emocionalmente. Alexandre e Zinho receberam cartão vermelho e amarelo, respectivamente, por reclamação. César trocou futebol por boxe e acertou o rival Alberto, com um soco.

Sem Diego, suspenso, o técnico Leão surpreendeu ao escalar o garoto Wellington, abrindo mão de Robert. No Palmeiras Levir Culpi optou por Muñoz para a vaga de Nenê, também suspenso. Leão levou vantagem. Sua equipe começou sufocando o Palmeiras. Em 15 minutos, o goleiro Marcos faz três belas defesas, em chutes de Wellington, Elano e Alberto. E Alex ainda acertou o travessão.

Aos 21 minutos, uma pintura de gol de Robinho. O garoto tabelou com Elano e acertou o Ângulo de Marcos. O Palmeiras, então, resolveu atacar. Três minutos após sofrer o gol, surgiu o lance crucial da primeira etapa. Zinho cobrou falta, a bola bateu no travessão e pingou dentro do gol, mas ‘beliscando’ a risca. O árbitro Anselmo da Costa mandou o jogo seguir, para desespero dos atletas palmeirenses, que, então, esquecem de jogar para reclamar. “Quero ver o que você vai falar depois, se a tevê mostra que foi gol”, cobrou o meia Zinho.

Após o intervalo, antes do início da segunda etapa, mais pressão sobre o árbitro. “A bola entrou um palmo e meio. Mas não estamos reclamando, apenas alertando a ele, que está se fingindo de bobo”, justificou Zinho. A bronca rendeu cartão amarelo ao meia e a expulsão ao zagueiro Alexandre.

Com um jogador a mais, o Santos chegava com facilidade à frente do intransponível Marcos. O goleiro parou Elano, Léo, Wellington e Alberto, que tiveram chances claras de gol. Isso motivou o time. Em uma das raras chegadas ao ataque na segunda etapa – Leonardo Moura havia acertado chute no travessão – falta próxima da área. Arce, com perfeição, empata e comemora com a torcida, que mais uma vez incentivou o time.

Santos 1×1 Palmeiras

Gols – Robinho aos 21 minutos do primeiro tempo; Arce aos 41 do segundo.

Santos – Júlio Sérgio; Maurinho, Preto, Alex e Léo; Paulo Almeida, Renato, Elano (Robert) e Wellington; Robinho e Alberto (Pereira). Técnico – Emerson Leão.

Palmeiras – Marcos; Alexandre, César e Leonardo; Arce, Paulo Assunção (Lopes), Flávio, Zinho e Leonardo Moura; Munoz e Dodô (Pedrinho, depois Thiago Matias). Técnico – Levir Culpi.

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