O Santos conseguiu um bom resultado nesta estréia nas oitavas-de-final da Copa Libertadores. Empatou nesta quarta-feira (2) em 2 a 2 com o Caracas, na Venezuela, e conseguiu a vantagem de poder empatar por até um gol o jogo de volta deste confronto, na quinta-feira, dia 10, na Vila Belmiro, em Santos. E como voltou a fazer gols após três jogos, traz de volta a esperança que o time precisava para a final do Campeonato Paulista, contra o São Caetano, domingo, onde precisa reverter um placar de dois gols sofridos.
Foi uma partida complicada em Caracas, que poderia ter sido simples não fossem os problemas por contusão (Dênis e Antonio Carlos) e expulsão (Dionísio, que havia entrado no lugar de Dênis, aos dois minutos de jogo), contra um adversário que não mostrou muita pontaria e qualidade técnica.
No primeiro tempo, o time santista teve o domínio do jogo. Até acertou o travessão num chute de Cléber Santana logo com um minuto. Começou jogando no ataque e mantendo a bola por lá. Rondava o gol de Toyo e conseguiu fazer o gol num erro de saída da defesa venezuelana. A bola cruzou a área e Zé Roberto, num chute de pé direito (e é canhoto), acertou o canto rasteiro direito do goleiro e fez 1 a 0.
Depois disso o time santista recuou. Com três zagueiros e Dionísio improvisado, a intenção era esperar o tempo passar. Mas a expulsão de Dionísio aos oito minutos do segundo tempo, pelo segundo cartão amarelo e por outra falta dura, complicaram. O time santista passou a ter dificuldades para jogar no contra-ataque.
O empate do Caracas foi num lance de bola parada. Numa jogada ensaiada, Rey rolou para Velásquez, que chutou no meio da barreira (que abriu) e acertou o canto, sem defesa para Fábio Costa. A partir daí, o Caracas passou a tentar mais. Mas os santistas conseguiram novamente a vantagem num golaço de Kleber, que dominou no peito duas vezes a bola vinda de rebote de cobrança de falta de Cléber Santana. O lateral acertou um belo chute no ângulo direito de Toyo.
Quem pressiona geralmente consegue o que quer. Isso valeu para o Caracas, que assustou duas vezes Fábio Costa em duas cabeçadas. E conseguiu o gol de empate aos 41 minutos, com Vielma, num chute forte na pequena área, aproveitando bobeada da defesa santista. No fim das contas, ficou bom o empate.
A situação de Antônio Carlos e Dênis é de atenção, de acordo com o médico Joaquim Grava. Os dois estão com problemas no joelho esquerdo: Dênis tem suspeita de lesão no menisco e Antônio Carlos de rompimento de ligamento. Os dois passarão por avaliação na volta ao Brasil.
Ficha técnica
Caracas: Toyo; Vielma, Rey, Roga e Pérez; Luis Vera, Olivares, Rojas (Caraballo) e González; Velásquez e Escobar (Carpintero). Técnico: Noel Sanvicente
Santos: Fábio Costa; Dênis (Dionísio ), Antônio Carlos (Ávalos), Adaílton, Marcelo e Kléber; Rodrigo Souto, Maldonado, Cléber Santana e Zé Roberto; Marcos Aurélio (Rodrigo Tabata). Técnico: Vanderlei Luxemburg
Gols: Zé Roberto, aos 16 minutos do primeiro tempo; Velasquez, aos 9, Kleber, aos 18, e Vielma, aos 41 minutos do segundo temp
Árbitro: Mauricio Reinoso (Equador)
Cartões amarelos: Rojas e Marcelo
Cartão vermelho: Dionísio
Público e renda: Não disponíveis
Local: Estádio Olímpico, em Caracas (VEN)
