O Conselho Deliberativo do Santos aprovou o orçamento para 2015, com parecer favorável do Conselho Fiscal em assembleia realizada terça-feira à noite, na Vila Belmiro. O orçamento prevê despesas de R$ 140,2 milhões e os custos estimados com o futebol profissional são de R$ 93,4 milhões. A previsão estabelece a entrada de R$ 47 milhões com a venda de jogadores e R$ 6,2 milhões (a serem pagos pelo Barcelona) se Neymar ficar entre os melhores do mundo na eleição da Fifa.
O departamento de futebol da base terá a destinação de R$ 14,5 milhões; os esportes olímpicos e amadores, R$ 1,4 milhão; o Conselho Deliberativo, R$ 933 mil; as despesas administrativas, R$ 22,7 milhões; despesas com terceiros, R$ 7 mil; totalizando R$ 140.216.00 de despesas, com previsão de R$ 712 mil de superávit.
“O orçamento para a próxima gestão é fantasioso porque fala na venda de dois jogadores por R$ 47 milhões e na contratação de cinco (jogadores) por R$ 10 milhões”, disse o conselheiro Vagner Lombardi, candidato a vice-presidente na Chapa Pense Novo Santos, encabeçada por Orlando Rollo. “A próxima gestão vai pegar um clube quebrado, com um orçamento fantasioso e vai ser cobrado por isso”.
Entre as receitas previstas no orçamento de 2015 estão R$ 33 milhões de patrocínio no uniforme do time profissional, com R$ 18 milhões do espaço master (peito e costas) da camisa (em prospecção com a empresa chinesa de tecnologia Huawei), que está em branco desde dezembro de 2012 (Banco BMG); R$ 4 milhões no ombro, R$ 5 milhões na manga, R$ 4 milhões na barra do short e R$ 2 milhões no número.
Compareceram à assembleia os candidatos a presidente na eleição de 6 de dezembro Nabil Khaznadar (da Chapa Avança Santos), Fernando Santos (da Mar Branco) e Orlando Rollo, da Pense Novo Santos. Nabil, que concorre pela situação, pediu a retirada do item mais polêmico do pauta, que era a votação da autorização da diretoria para negociar direitos federativos de jogadores, o que é impedido pelo estatuto a três meses das eleições.
O Conselho rejeitou por 52 votos a 50 as propostas da Comissão de Inquérito e Sindicância de censura por escrito aos integrantes do movimento Terceira Via, dentre eles candidato a presidente Orlando Rollo, por terem feito uso político do escândalo das carteirinhas, e da rescisão do contrato com a CSU, em razão de o processo de emissão de carteiras de sócios ter se mostrado falho e sujeito à fraude.