Das quatro edições já realizadas no Brasil, ela venceu duas, foi vice em uma e 3.ª colocada em outra. Só não tem o tri porque um tombo no ciclismo atrapalhou seu título. Com o melhor desempenho até hoje, a niteroiense Sandra Soldan é um dos grandes destaques no Mundialito de Fast Triathlon Feminino, o primeiro evento internacional no País em 2005, domingo, em Santos.

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Vindo de uma lesão grave na região do glúteo, ocorrida durante a prova dos Jogos Olímpicos de Atenas, a atual campeã do fast quer contar com toda a sua vivência neste tipo de disputa para, principalmente, ajudar o Brasil a vencer por equipes. "Estou voltando aos treinos. Não estou 100%, mas vou usar minha experiência. Vai ser o que vai determinar, o que vai me guiar. Vou dar o melhor de mim", avisa Sandra.

Sobre a contusão, ela pode falar com propriedade. Afinal, é formada em Medicina, apesar de o diploma estar guardado na gaveta, isso enquanto permanecer entre as melhores do mundo. "Não dá para fazer as duas coisas pela metade. Tem de ter dedicação total. Mas depois que me aposentar, vou me dedicar à medicina desportiva, até aproveitando a minha experiência como competidora", conta Sandra, que em 2003 chegou a ser a 5.ª do ranking mundial da modalidade, a melhor colocação de uma brasileira na história.

Na prova de domingo, ela já tem a estratégia definida. "Vou tentar controlar as rivais, sobretudo as canadenses, que são as mais fortes, e tentar fazer o suficiente, sem exagerar, para ir bem nas três baterias", diz a atleta.

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Na etapa do Circuito Mundial em Cancún, no México, ela foi a 3.ª colocada e depois no Red Bull Giants of Rio, uma prova especial que reuniu atletas de diversas modalidades, fez o 19.º melhor tempo na corrida de 20 km, entre 80 equipes. "Esses resultados me animaram, porque quando tive a lesão fiquei mal, triste, deprimida. Tive de tomar antidepressivo, inclusive. Foi duro", afirma Sandra.

"Por isso, este ano novo não vai ter champanhe. Só o pensamento na vitória. Vou começar o ano acelerada", acrescenta a triatleta patrocinada por Pão de Açúcar, Brasil Telecom e Reebok.

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Outro ponto destacado por Sandra para um bom desempenho é fazer bem as transições (troca de modalidades). "Correr bem da saída do mar para pegar a bike, calçar a sapatilha e afivelar o capacete rapidamente são detalhes que podem decidir o resultado", explica a triatleta, atual 31.ª melhor do mundo.

Companheiras

Sandra terá como companheiras de equipe Carla Moreno e Ana Cristina Boccanera. Carla, que também esteve nas Olimpíadas de Sydney e Atenas, atualmente mora em Santos e, como Sandra, tem um grande retrospecto no Mundialito de Fast Triathlon, sendo campeã em 2003 e vice nas outras três edições. Ana, atual campeã brasileira e do Troféu Brasil, compete pela 1.ª vez no evento.

Modalidade versão coletiva

A competição tem um formato diferenciado e incentiva o trabalho em equipe, num esporte eminentemente individual. Serão 18 competidoras, de seis países, tendo como atração a rivalidade Brasil x Canadá. Cada time contará com três competidoras, que vão disputar três baterias com curtas distâncias, exigindo muita explosão, resistência e um grande poder de recuperação.

Cada disputa terá 250m de natação, 4.400m de ciclismo e 1.415m de corrida, sempre com rápidos intervalos para descanso. Em cada etapa as atletas somam pontos para os títulos individuais e por equipes. Vale destacar que além do evento feminino, o domingo terá a seletiva para definir o time brasileiro para o Mundialito Masculino, marcado para o dia 30, também em Santos. A disputa será realizada logo após o pódio das mulheres e terá o mesmo formato.