Paulo Henrique Ganso não é jogador do Santos desde 2012, quando trocou a Vila Belmiro pelo São Paulo, mas voltou a ser assunto no clube nesta quarta-feira. Após a goleada por 7 a 1 diante do piauiense Altos, em Teresina, o técnico Jorge Sampaoli foi questionado a respeito das declarações irônicas e críticas do meia a ele em sua apresentação como reforço do Fluminense. E se irritou.
O treinador, que trabalhou com Ganso no Sevilla, mas deu poucas chances ao meia, afirmou que não vai discutir publicamente com o jogador. “Eu não falo de ninguém. Vim aqui trabalhar pelo Santos e tentar fazer algo importante no Brasil. O que tiver de falar ao Ganso, falarei pessoalmente”, disse. “Eu me dedico ao Santos, o Santos é o meu time”, acrescentou Sampaoli, deixando a entrevista coletiva em Teresina.
Na terça-feira, Ganso havia ironizado Sampaoli pela derrota por 5 a 1 para o Ituano, domingo, pelo Campeonato Paulista, e reclamou do tratamento que o técnico lhe deu no Sevilla.
“Tiveram algumas coisas que aconteceram lá fora. Quando uma pessoa te pede para ir a um clube e não coloca você para jogar, alguma coisa está errada. A pessoa nem falar com você, não conversa, está errada. Mas isso passa, a gente esquece, vida que segue para todo mundo”, afirmara Ganso.
Tentando falar apenas do Santos, Sampaoli avaliou que a goleada por 7 a 1 sobre o Altos representou a diferença técnica entre as equipes e servirá como estímulo moral para a sua equipe. Mas exibiu preocupação com a sequência de jogos do Santos, que no sábado vai encarar o Mirassol, pelo Paulistão, no Pacaembu. Já na terça-feira, estreará na Copa Sul-Americana no Uruguai, diante do local River Plate.
“A diferença foi vista no campo. Um time superior ao outro e a partir disso construímos o resultado. Agora, temos de planejar um jogo daqui a 48 horas e com a necessidade de corrigir coisas. Até porque daqui a cinco dias temos a Sul-Americana. Vamos corrigir algumas coisas que nos permitam crescer. O jogo de hoje serviu de impulso, algo que faltou na partida anterior”, afirmou.