O grande segredo que Jorge Sampaoli guarda é o esquema tático que o Chile utilizará neste sábado contra o Brasil, às 13 horas, no Mineirão, pelas oitavas de final da Copa do Mundo. Valdivia ou Silva? Escalar a equipe que venceu a Espanha, com uma linha de três zagueiros, é a opção mais provável. Esta formação exclui o meia do Palmeiras.

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Sampaoli, provavelmente, não irá revelar a escalação na coletiva oficial da Fifa, nesta sexta-feira, no Mineirão. O que ele mais fez neste período de treinos na Toca da Raposa II foi fechar os treinos aos jornalistas.

Na última quinta-feira, o técnico parou um dos treinos do dia porque um helicóptero da TV Globo sobrevoava o local – o início da entrevista coletiva atrasou 50 minutos. “Mais do que o barulho do helicóptero, o que nos assustou foi a reação do treinador, que não quer que o rival saiba o que estamos trabalhando”, disse, brincando, o lateral-direito Isla.

Isla é nome garantido na defesa. Ele joga no setor onde Neymar ataca. A ideia de Sampaoli é colocar Silva como zagueiro pela direita, formando um trio de defensores com Medel e Jara. “O Neymar às vezes se enfia pelo meio, é bom jogar com três centrais (zagueiros) fixos.”

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Essa formação foi considerada crucial para o Chile vencer a Espanha por 2 a 0 e é agora usada como modelo. “Nos defendemos bem. Contra a Espanha foi muito difícil, eram muito fortes como equipe. Contra o Holanda, não jogamos mal, mas erramos. Contra Espanha, jogamos melhor”, disse Isla.

A outra opção é usar o sistema tático que venceu a Austrália por 3 a 1 em Cuiabá. O time mudaria para o 4-3-3, com Valdivia próximo a Vargas e Sánchez. Para Sampaoli, Valdivia é mais atacante (um falso nove) do que um meia, apesar de usar a camisa 10.

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Talvez mais que o sistema tático, Sampaoli deve estar preocupado com a real condição de Arturo Vidal, seu principal jogador de meio de campo. O volante não enfrentou a Holanda porque sentia dores no joelho e precisava de descanso.

Mesmo assim, os jogadores chilenos mantêm o discurso de otimismo, de que é possível vencer o Brasil mesmo tendo o estádio tomado por brasileiros. “Se eu não estivesse convencido de que é possível (ganhar), pegava agora minha mala e iria embora”, disse Alexis Sánchez, parceiro de Neymar no Barcelona.