César Sampaio foi apresentado nesta sexta-feira como novo gerente de futebol do Palmeiras. De volta ao clube que defendeu de 1991 a 1994 e de 1999 a 2000, o agora ex-jogador vai mais uma vez desempenhar uma função de meio-campo. Desta vez, porém, não no gramado. Ele vai ser o elo entre setores que costumam falar línguas diferentes dentro do clube.
“Farei o elo entre atletas, comissão técnica e direção. Como joguei no meio-de-campo, estou acostumado a isso. O que o Palmeiras precisa nesse momento é de paz”, disse Sampaio, que, no organograma do clube, fica abaixo do vice-presidente de futebol Roberto Frizzo e acima do supervisor Galeano.
O novo cargo de Sampaio busca solucionar os seguidos problemas de relacionamento entre Felipão e Frizzo. Como Galeano tem poderes limitados, o treinador pretendia que um novo profissional dividisse responsabilidades com Galeano e Frizzo, fazendo o elo entre comissão técnica e diretoria. “Quero o Palmeiras forte. Venho para cá para fazer o que acho que está faltando: diálogo”, garante Sampaio.
O ex-volante, que viveu duas das mais vitoriosas fases da história palestrina, quer também servir como motivador na fase final do Brasileirão. Em todo o returno, a equipe só venceu uma vez e trocou a briga pelo título pela ameaça, ainda que distante, do rebaixamento. “Dá para terminar bem o campeonato. O problema do time é insegurança. Eles estão inseguros, por isso alguns estão rendendo menos do que podem. Minha função é tentar motivá-los”
Como gerente de futebol, César Sampaio chega ao Palmeiras já diretamente ligado a um grande problema, o futuro do atacante Kleber, com quem Felipão já afirmou que não trabalha mais – o atacante tem proposta do Grêmio e deve sair. O ex-volante revela que ainda não conhece a fundo a situação, mas que pretende encontrar a melhor solução. “Não sei se ele quer não ficar ou se o Felipão quer que ele saia, mas é uma baita jogador. Se uma parte quiser a permanência, converso com a outra sem problema.”