Sampa perto da segunda decisão seguida

São Paulo – Se não perder para o Chivas hoje, às 21h45, no Morumbi, o São Paulo se classifica para a segunda final seguida da Copa Libertadores e fica perto de igualar a marca do time de Telê Santana, que venceu o torneio em 1992 e 1993. As equipes são muito diferentes, mas a possibilidade de conquista é semelhante, principalmente depois da vitória são-paulina por 1 a 0, no primeiro jogo, em Guadalajara.

Para tentar igualar as glórias do passado, o time de Muricy Ramalho garante que não vai se acomodar com o teórico favoritismo. ?O São Paulo não sabe apenas se defender, mas precisamos ser inteligentes: marcar forte, sem dar espaços e sem fazer loucuras?, afirmou Muricy. ?O Chivas tem atacantes velozes e joga melhor fora de casa.?

Os são-paulinos também terão de justificar o apoio de sua torcida – o Morumbi terá lotação máxima – e provar por que são os atuais campeões. ?A camisa do São Paulo tem história, somos respeitados em qualquer país que vamos jogar?, afirma o zagueiro Lugano. ?Estamos confiantes e vamos dar a vida para chegar à final.?

Fabão e Edcarlos formarão a zaga com Lugano – André Dias ainda não resolveu a pendência judicial com o Goiás -, repetem o trio campeão mundial sobre o Liverpool. ?Precisamos ter atenção e lembrar que se não sofrermos gols, estaremos na final?, raciocinou Fabão. Para os tricolores, o duelo contra o Chivas deve ser decidido no meio-de-campo -um trabalho, portanto, para Mineiro, Josué e Danilo.

Espinha dorsal

O trio é a espinha dorsal do time tricolor. Entrosamento eles têm de sobra – jogam juntos desde janeiro do ano passado. Quando o trio está em campo, o aproveitamento do São Paulo é impressionante: conquistaram 70,9% dos pontos disputados. No total, Mineiro, Josué e Danilo participaram de 85 jogos juntos pelo São Paulo – foram 56 vitórias, 13 empates,16 derrotas.

O entrosamento dos três foi mantido, apesar de uma pequena mudança de posicionamento. Josué explica: ?Na época do (Paulo) Autuori, formávamos um triângulo mais defensivo. O Mineiro jogava ao meu lado e o Danilo era o único meia. Agora, com o Muricy, eu fico só à frente da zaga, enquanto o Mineiro joga ao lado do Danilo, como um meia-direita?.

Para o jogo de hoje, Danilo diz que ?é fundamental ter a posse de bola e não deixar o Chivas jogar. Eles sabem se armar e sair para o ataque muito bem.?

Ricardo Oliveira sonha com título

São Paulo – O poder ofensivo também motiva o São Paulo diante do Chivas. Além da ótima média de gols do time em 2006, Ricardo Oliveira busca o primeiro gol pelo clube na Libertadores. ?O empate nos favorece, mas vamos tentar fazer o resultado?, disse o jogador.

?Quero muito conquistar esse título, porque cheguei perto, em 2003?, lembra Oliveira , que perdeu a decisão para o Boca Juniors, da Argentina, quando defendia o Santos. Ricardo Oliveira está otimista em jogar a segunda final da Copa Libertadores da América, caso o São Paulo passe pelo Chivas hoje.

Seu contrato com o clube do Morumbi termina no dia 10 de agosto, dois dias antes da decisão. Porém, o atacante considera boas as chances do Betis, detentor dos seus direitos federativos, entrar em um acordo com o São Paulo para, no mínimo, prorrogar o vínculo por mais alguns dias.

?De 0 a 10, a chance de eu ficar até a final é 10. De ficar até o final do ano é 5?, disse Oliveira, antes do treino que o técnico Muricy Ramalho comandou na noite de ontem, no Morumbi. O jogador revelou que o São Paulo mandará um emissário a Sevilha, na Espanha, hoje, para negociar com o Betis. A intenção do clube do Morumbi é ficar com o atacante até o final do ano, eventualmente para a disputa do Mundial Interclubes, em dezembro, no Japão.

Preparativos finais

Muricy treinou jogadas de bola parada, ofensivas e defensivas, por cerca de uma hora na noite de ontem. Na atividade, ele escalou o time titular com Rogério Ceni; Fabão, Lugano e Edcarlos; Souza, Josué, Mineiro, Danilo e Júnior; Leandro e Ricardo Oliveira. Essa é a formação que deve encarar o Chivas hoje.

Rogério Ceni pode bater recorde de Chilavert

O que vale é a classificação, mas se Rogério Ceni fizer um gol, hoje à noite, contra o Chivas, deixará a torcida muito mais do que feliz. Ela estará vingada. De Jose Luiz Chilavert, o goleiro paraguaio que detém, junto com o são-paulino, o recorde de 62 gols marcados.

Todo são-paulino odeia Chilavert. Ele era o goleiro do Vélez Sarsfield, que, em 1994, conquistou a Copa Libertadores, nos pênaltis, contra o São Paulo, no Morumbi. Foi um dos pilares do time, o homem que impediu o terceiro título seguido do time de Telê.

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