Saltos ornamentais: Brasil vai à Olimpíada, mas não tem índice para Mundial

Nos saltos ornamentais, o país sede dos Jogos Olímpicos tem vaga garantida em cada uma das quatro provas sincronizadas. Por conta do baixo número de participantes – oito por disputa -, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) trata uma medalha como meta viável. Mas a realidade da modalidade mostra-se muito diferente.

Com os parques aquáticos Julio Delamare e Maria Lenk, ambos no Rio, fechados, o Troféu Brasil da modalidade está acontecendo em Brasília, no novo Centro de Excelência da modalidade, na UNB (Universidade Nacional de Brasília), com a presença de meros 35 competidores. Após a disputa das quatro provas sincronizadas, nenhuma dupla brasileira sequer conseguiu se classificar para o Mundial de Kazan, na Rússia.

Para a participação no Mundial, é necessário obter um índice técnico predeterminado. No trampolim masculino, por exemplo, era necessária a nota 382,77, mas os campeões, Ian Matos e Luiz Felipe Outerelo (Fluminense) terminaram com 376,26 pontos. A dupla segunda colocada, do Pinheiros, passou por pouco de 300.

Na prova feminina, a vitória foi de Juliana Veloso e Tammy Galera, também do Fluminense, com 266,55 pontos, abaixo dos 283,50 exigidos. Na plataforma, o ouro foi para Hugo Parisi (Mackenzie-DF) e Jackson Rondinelli (Pinheiros), com 339,87 pontos, enquanto Ingrid Oliveira (Fluminense) e Giovana Pedroso (Tijuca Tênis Clube) somaram 279,36 no feminino. Os índices necessários eram 396,12 e 285,30, respectivamente.

Apesar dos resultados ruins em nível internacional, os campeões do Troféu Brasil têm grande chance de serem os convocados para os Jogos do Rio nas respectivas provas, uma vez que apenas no trampolim feminino a dupla medalhista de prata ficou relativamente próxima da campeã. Ainda assim, foram mais de 30 pontos de diferença.

O Troféu Brasil segue no sábado e domingo com as finais das provas individuais. Nelas, é mais provável a obtenção de índices para Kazan. As vagas olímpicas serão definidas no Mundial (12 por prova), no Pan (só o campeão) e na Copa do Mundo do ano que vem, que será no Rio, com mais 20 vagas por prova.

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