O espanhol Carlos Sainz assegurou o seu terceiro título do Rally Dakar entre os carros nesta sexta-feira após não permitir que o catariano Nasser Al-Attiyah, que foi campeão da prova no ano passado, não escapasse no deserto da Arábia Saudita, o palco da edição de 2020 da competição.

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Nesta sexta, no 12º e último estágio, uma rota de 167 quilômetros de Haradh a Qiddiya, Al-Attiyah, segundo colocado na classificação geral, conquistou sua primeira vitória de uma etapa desta Dakar, mas Sainz terminou 3min56 atrás, em sexto lugar, o que foi suficiente para lhe garantir o título entre os carros, conquista que se junta ao triunfos de 2010 e de 2018, todas tendo o espanhol Lucas Cruz como navegador.

Sainz terminou a disputa com uma vantagem de 6min21 sobre Al-Attiyah e de 9min58 para o francês Stephane Peterhansel, o terceiro colocado. O trio, que soma 19 títulos do Dakar, ocupava as três primeiras posições desta edição do rali desde a quarta etapa. E o espanhol atingiu a liderança no terceiro estágio. “Me sinto muito feliz”, disse Sainz. “Há muito esforço por trás disso. Muito treinamento, prático, físico com a equipe. Começamos a ganhar este Dakar no primeiro dia”.

A liderança do espanhol foi reduzida para 24 segundos na terça-feira, mas erros de Al-Attiyah e Peterhansel na quarta-feira deram a Sainz uma vantagem de 18 minutos para o espanhol, que a administrou nas últimas duas etapas. “Fizemos um bom trabalho para terminar em segundo, apesar de querermos vencer”, disse Al-Attiyah. “Cometemos dois ou três erros ao longo do caminho e tivemos as punções, mas estou bastante feliz. Voltarei para ganhar no próximo ano. Eu só preciso de um pouco mais de sorte.”

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Peterhansel completou seu 31º Dakar no pódio pela 16ª vez. O francês é recordista com 13 títulos e acrescentou quatro vitórias de etapas, passando a somar 80. “As quatro especiais são um bom prêmio de consolação, é sempre bom vencer”, disse.

Bicampeão mundial de Fórmula 1, o espanhol Fernando Alonso terminou o Dakar na 13ª posição.

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MOTOS – Ricky Brabec se tornou o primeiro norte-americano a ser campeão entre as motos na história do Dakar e, em uma Honda, terminou com um domínio de 18 anos da KTM na categoria. Ele se esforçou para vencer a etapa final, tendo terminado o estágio em segundo lugar, a 53 segundos do chileno José Ignacio Cornejo.

Na classificação geral, Brabec teve vantagem de 16min26 pata o chileno Pablo Quintanilla e de 24min06 para o australiano Toby Price, que havia sido campeão em 2019. O brasileiro Antonio Lincoln Berrocal fechou o Dakar na 67ª posição após terminar a etapa final em 68º.

“É o meu quinto Dakar, a segunda vez que termino. Eu acordei nesta manhã feliz por correr no último dia. E nós estamos aqui. Nós vencemos! Tivemos que ser inteligentes e focados todos os dias. Não há o numero 1 da equipe, todos nós trabalhamos juntos, somos uma família. Todos nós vencemos”, afirmou Brabec.

OUTROS RESULTADOS – Em outro triunfo dos Estados Unidos, Casey Currie levou o título nos UTVs com vantagem de 39min12 para o russo Sergei Kariakin. Os brasileiros Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin ganharam a etapa final e fecharam o Dakar em nono lugar.

O russo Andrey Karginov sacramentou o seu título entre os caminhões vencendo a etapa desta sexta-feira, sendo que ela já havia sido campeão em 2014. Já o chileno Ignacio Casale faturou a disputa dos quadriciclos, garantindo a terceira conquista – as outras foram em 2014 e 2018.