Russos reclamam de jogos pela manhã na Liga Mundial

A seleção brasileira masculina de vôlei estréia nesta quarta-feira (23) na reta final da Liga Mundial, em busca do oitavo título da competição – o sexto seguido -, e contará com um aliado a mais na partida diante da Rússia: o horário do jogo, marcado para as 10 horas.

“O horário não é fácil, principalmente após uma viagem longa como acabamos de fazer. Mas não podemos pensar no fuso horário, temos que lutar até o fim”, resignou-se Vladimir Alekno, treinador da Rússia.

Os adversários desta quarta-feira atravessaram o Atlântico em uma viagem de 16 horas desde Moscou e só chegaram ao Rio de Janeiro às 17 horas de segunda-feira. Na quinta, no mesmo horário, eles enfrentam o Japão, que teve problemas com o vôo e nem sequer pôde comparecer à entrevista coletiva, na manhã desta terça (22), por causa do cansaço.

“Acho que na semifinal já estaremos adaptados”, previu o líbero russo Alexey Verbrov, parceiro de Giba no Iskra, da Rússia. Nas últimas cinco edições anteriores da fase final, todas na Europa, os duelos ocorreram depois das 15 horas locais. A última vez que uma partida decisiva da Liga foi disputada pela manhã foi na final de 2002, justamente entre Brasil e Rússia, em Belo Horizonte, com vitória dos russos.

Os atuais campeões olímpicos são os únicos que têm por hábito mandar seus jogos pela manhã, justamente para serem televisionados em cadeia nacional. Bernardinho, visivelmente chateado por ter de disputar a fase final em casa, o que aumenta a obrigação de vencer, refuta qualquer possibilidade de favorecimento aos brasileiros por causa do horário.

“Vamos jogar às 10 horas com a Rússia, mas lá em Moscou serão 16 horas. No Japão, será noite. Só para o Brasil que o jogo será de manhã”, desconversou. A assessoria de imprensa da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) informou que a transmissão ao vivo para a Europa ainda não está confirmada.

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