A Federação de Remo da Rússia fará um último esforço para contar com seus atletas nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Nesta sexta-feira, a entidade revelou que vai apelar à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) para tentar liberar 19 remadores para a Olimpíada.
A federação pretende acionar a CAS na semana que vem, segundo o presidente da entidade, Veniamin But, em entrevista à agência Associated Press. Eles foram punidos pela federação internacional, seguindo as determinações do Comitê Olímpico Internacional (COI), após escândalo de doping denunciado pela Agência Mundial Antidoping (Wada).
A Wada revelou um esquema de doping sistemático no esporte russo, que contava até com aval e apoio de autoridades do governo. O atletismo foi a primeira modalidade descoberta, mas a entidade também constatou irregularidades em outros esportes. Por isso, pediu o banimento total da Rússia na Olimpíada.
O COI não acatou o pedido, mas impôs restrições à participação dos russos no Rio de Janeiro. Na prática, a entidade “terceirizou” para as federações esportivas de cada modalidade a decisão sobre liberar ou não os atletas russos.
Para tanto, o COI determinou que as federações devem excluir qualquer esportista previamente flagrado em exame antidoping ou que foi implicado no relatório divulgado na semana passada pela Wada – que detalhou o encobrimento de casos de uso de substâncias proibidas.
Algumas federações adotaram uma linha dura, com a exclusão de grande parte da equipe russa de eventos como remo, canoagem e natação. Outros esportes, como judô e tênis, permitiram que todos possam competir.
A Federação de Remo da Rússia decidiu recorrer à CAS por considerar inaceitável os argumentos para suspender os remadores. A federação internacional alegou que os atletas não haviam passado por testes suficientes, em nível mundial, para serem liberados.
Veniamin But afirmou que, caso a CAS aceite o recurso da Rússia, os atletas estão prontos para viajar e competir no Rio de Janeiro.